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Árvore da memória: Dimitri Dracius e os Caminhos da Mandinga

Aula de Ladja e Danmye . Permangola 2018

Dimitri Dracius nos fala um pouco sobre sua vida e sua conexão com a Capoeira e a Ladja, luta marcial da Martinica, seu país de origem, a Martinica
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Meu nome é Dimitri Dracius. Nasci na Martinica.

Sempre fui uma criança que gostava de dançar. Eu gosto do ritmo. Meu pai era apaixonado de salsa, apaixonado de percussão. Então eu nasci numa casa que tinha muita música.  Principalmente do Caribe.

A Martinica é um lugar com 95% de negros. Então, uma cultura musical, uma cultura de dança. A gente tem várias danças. Tem o Zouk, tem música tradicional, mas ao mesmo tempo eu não tinha muita ligação com isso. 

Eu nasci dançando. Quando cheguei na idade de 13, 14, 15 ... gostava de brincar um pouco de imitar as pessoas da Ladja com amigos. A gente tentava fazer o golpe para imitar eles, 

mas neste tempo a gente não valorizava nossa cultura.

Com 18, 19 anos eu fui pra Canadá. 

Lá eu descobri a Capoeira Angola e ao mesmo tempo, um amigo me iniciou realmente no Danmye, porque antes disso eu fazia só para brincar.

Quando fiz a primeira aula, me senti em casa. Senti que era minha expressão natural.

Quando eu dançava as pessoas me falavam “você dança de um jeito diferente, mais roots.” Eu não gostava de dançar de um jeito refinado. Mas nesse tempo eu me apaixonei pela capoeira angola. Então eu coloquei todo meu fogo na capoeira angola mas ao mesmo tempo eu praticava Ladja, eu fazia parte de um grupo de dança tradicional da Martinica e da Guadalupe e fazia as danças, apresentações, eu apresentava Ladja, Danmye. O Danmye sempre estava lá, só que eu praticava mais a capoeira. 

Eu fugia um pouco do Danmye para não me perder.

Danmye é a forma da arte marcial da Martinica que é a vadiação, que você não faz golpes para machucar o outro, para acertar de verdade. A Ladja é a forma marcial para os iniciados, é para matar se é necessário, é para machucar e tem muita magia envolvida com isso, muita preparação espiritual, por isso que é para iniciados, pessoas que tem um conhecimento de várias coisas, conhecimento espiritual, conhecimento da medicina. Você se machucava tanto, que você precisava se cuidar, com ervas, com banhos de folhas ... e, claro, conhecimento da arte da Ladja.

Mo: E quando você voltou pra sua terra, o que você sentiu?

Dimitri:  Meus pais estavam presentes na cultura. Meu pai era tocador de tambor e minha mãe dançava. Ela dança, mas meu pai faleceu em 2016. Minha mãe ainda não voltou a dançar, mas ela dança em casa. Então, sempre tive essa relação com a cultura martinicana. Eu voltava para casa e acompanhava eles para dançar. Mas eu fugia da Ladja, eu fugia do Danmye, eu falava com o pessoal “Eu sou da capoeira”. Mas minha vida me mostrava que eu tinha uma ligação com isso.

Em 2008 tinha um grande evento em Salvador, o Ginga Mundo. Eles convidaram pessoas da Martinica, do Danmye para fazer uma troca com as pessoas da capoeira. E aí eu tava lá, sem querer... E a pessoa que fazia a apresentação, chamou no público alguém para dançar. As pessoas que sabiam que eu era da Martinica me empurraram para jogar. Aí foi um jogo fantástico. Foi muito forte esse jogo. E eles precisavam de uma pessoa, porque tinham uma pessoa machucada no grupo, então eles precisavam de mim, na verdade.

Então, no dia seguinte, eu fiz uma apresentação com eles, com João Grande, jogando Danmye também ... foi um momento muito forte, troca de culturas, com grandes mestres .... Eu presenciei isso, sem querer. Mas eu não queria saber a resposta.

Então, meu pai faleceu em 2016. Eu tinha que ir para Martinica para o velório dele. Lá tinha muitas pessoas tocando música tradicional, muitas pessoas de nome lá da Martinica.
A música do Danmye tem uma vibração muito profunda, bem melancólica, mas não é essa palavra. Aí começou a tocar e tinha muitas pessoas querendo falar para mim. Mas eu não falava mais com ninguém. Eu fui diretamente perto dos tambores. Tinha um cantador muito, muito bom. Tinha uma voz com muito dendê. Aí eu entrei para jogar. Talvez as pessoas pensavam que eu não ia jogar porque eu tava triste, mas eu pensei “Meu pai seria feliz de me ver jogando”... aí eu entrei e joguei Ladja. Quase o primeiro dia que eu cheguei na Martinica. Então, isso foi um sinal para mim. Então, esse tempo na Martinica, como eu tinha quase 17 anos de capoeira, na Martinica eu sou mais uma referência de capoeira. Então quando eu volto o pessoal quer me ver para dar aula, então eu comecei a me envolver com a capoeira, comecei a dar aulas para crianças.  E aí chegou esse conflito, porque eu dava aula de capoeira com a musica, com a história do Brasil. E eu comecei a achar isso muito estranho: de passar uma outra cultura, sem passar a minha cultura.

Aí eu tinha um amigo que fazia Ladja e era capoeirista e ele sempre me falava: “Como você é martinicano e não faz Ladja, não fala da sua cultura ... só fala do Brasil?” E eu concordava com ele mas pensava “Bom... não é por acaso que eu fiz tantos anos de capoeira ... Talvez é o meu caminho ... talvez meu caminho não é Ladja”. Eu fugia da Ladja ainda.

Aí uma amiga me convidou para uma aula de Ladja.

Eu pensei: “Bom ... Você não pode fugir, não é certo fugir da sua cultura assim.”

Então eu comecei a treinar. Os passos já estavam lá porque, mesmo não praticando muito, já estava dentro de mim.  O pessoal percebeu. Eu recebi muito incentivo dos mestres que me falavam “Continua, continua!”.

Mas ainda estava um pouco fora. E aí nesse processo do falecimento do meu pai, muita negociação para recuperar o dinheiro do meu pai, com os bancos, a segurança social. Minha mãe tava muito cansada. E minha irmã propôs de fazer uma viagem no Caribe de cruzeiro. Não era muito meu estilo ir num cruzeiro, mas eu fui porque a gente realmente precisava sair um pouco da Martinica.

Foi nessa viagem que eu comecei a visitar ilhas, ilhas, ilhas ... comecei a sentir muita identidade do Caribe. Pensei “Eu sou de Caribe” .

Aí a Ladja começou a entrar ... Eu comecei a sentir que a Ladja começava a tomar o primeiro lugar no meu coração, e a capoeira começava a descer para o segundo.

E eu não aceitava isso.

Aí quando eu voltei era o Carnaval e o Carnaval tem muitas rodas de Danmye, Ladja.  Aí eu fui em uma, eu fui em duas ...  E lá eu entrei, comecei a sentir que era isso ... mas foi difícil.

Aí quando eu voltei no Brasil eu não era a mesma pessoa em relação à capoeira.  Eu voltei no Brasil com o tambor do meu pai e levei muito tempo para fazer ele sair da capa. Era muito forte fazer esse tambor sair e ficar na minha frente. Mas sentia que na casa tinha o coração da Martinica. O Coração ancestral. O tambor dos ancestrais. E aí eu resolvi começar a dar aula. Foi assim.

Mo: Que forte...  Na Martinica em que contexto acontecem os jogos?

Dimitri: O Danmye, estes rituais para mim são muito evoluídos. Muita gente acha que os escravos eram pessoas sem conhecimento, mas muitos eram Ngangas, iniciados ... pessoas que tinham muito conhecimento. Dançar com música é uma coisa muito profunda. Resolver problemas com uma pessoa de uma forma ritual é uma coisa muito forte. Na Martinica a Ladja vem de uma cultura que entende as forças. Lutar com música é uma forma de transcender, de entrar em contato com o espírito.  Esses rituais são feitos para acessar a nossa essência.  Não é uma atividade que é separada da espiritualidade. No Danmye, o objetivo é de entrar quase em transe. Os antigos falam de se transformar em um bicho, transcender a mente. O africano entendeu que a dança e a música é uma forma de quebrar a barreira da mente. É um ritual muito profundo. As pessoas no Brasil tem o costume de pensar que a dança apareceu para disfarçar a luta, mas para mim isso é diminuir a capoeira, muito. As pessoas acham que a música está lá, mas ela não tem tanta importância. Mas a importância da música é fundamental. E uma forma de se conectar com nossa essência, com nosso potencial máximo. Então, no Danmye o objetivo é esse: acessar a nossa essência. Isso é muito forte. Um caminho espiritual. Na Martinica eles falam “o caminho do Danmye” – chimen Danmbien em creoule – então é o caminho para atingir a nossa essência.

Mo: De onde vieram as maiores influencias dos territórios africanos?

Dimitri: Benin, Mali, Senegal, Kongo, Cameroon.... os escravos vem de lá. E o voodoo que é a base da espiritualidade afro-martinicana e do Haiti também é muito ligado com o Benin. Então, a gente vem de lá. Depois teve muitas pessoas do Kongo também. Aí ninguém sabe realmente de onde vem o Danmye. Mas no Senegal tem lutas que são parecidas. Mas acho que algumas lutas também sumiram da Afrika. Vem da fusão, do sincretismo de várias etnias africanas. Tinha influencias também do povo da India, os indianos chegaram depois da escravidão. A India que também é uma cultura muito forte. Algumas pessoas falam que o toque de tambor tem uma influência da India. Alguns passos da Ladja parecem da India também. Também teve influência de chineses, japoneses, porque a Martinica era um porto, uma entrada para a América do Sul. Mas esses povos todos passavam lá. E tem influencia do box também. É uma leitura, mas acho que essas lutas já estavam prontas na Afrika. A luta é muito africana, a luta que vem do Egito. Acho que a Ladja é 90% da Afrika.

Mo: E não tem nenhuma influencia dos povos nativos da ilha?

Dimitri: Teve um genocídio antes da escravidão. Então ... mas eu acredito que tem, espero que tem, seria muito bom ... É difícil, porque nada foi escrito. É  uma história só oral.

Na Martinica tem outras lutas. Tem uma luta com bastões e uma luta dentro da água que se chama Wolo. Tem uma luta na praia que parece muito com a capoeira. Então é um lugar no mundo que ... eu sinto que a nossa ilha foi escolhida para alguma coisa relacionada com guerreiros. Como você me falava hoje que não faz sentido que a gente seja francês colonizados. Parece que a gente foi escolhido para ser uma cultura guerreira, eu acho a mesma coisa, que o povo deveria acordar, porque acho que isso não é por acaso.  Acho que somos guerreiros, que a gente perdeu isso ... isso tá escondido.

Mo: A capoeira surge de ambientes de mato, de cais, ambientes que não estão em um centro da sociedade.  E com o passar do tempo, acaba se tornando símbolo da luta e da resistência do povo brasileiro.  Vem sendo ensinada para crianças ... a Ladja é ensinada para crianças?

Dimitri: Muito pouco. A Ladja é mal vista, porque era uma coisa pesada, coisa de “Bagay vié neg”, uma expressão que quer dizer “negros brutais”. E não é totalmente falso isso. Era um meio bem pesado, com álcool, com lutas brutais e verdade que um meio que dava medo para algumas pessoas. Mas não tudo era assim. Teve um momento que eram muito populares. Tinha muitas competições entre as diferentes regiões. Cada região tinha um Major, o Major era um lutador de Ladja. Tinha competições entre diferentes vilas. Mas isso sumiu talvez na década de 60, ou um pouco antes. Aí nos anos 70 teve um movimento para resgatar isso, para fazer entender que isso era nossa identidade, nosso tesouro, nossa cultura. Então, quando eu cresci eu olhava isso como uma coisa de “Bagay vié neg”, coisa de pessoas brutais. E isso não atrai a juventude. E não atraía. Mas agora que vários lugares do mundo passam por uma crise de identidade, vários povos buscam por sua cultura. Na Martinica isso esta acontecendo. Só que ainda e muito fraco. E não é só culpa da mente colonizada. Porque era um meio bem fechado também, bem perigoso.  Mas agora começou a abrir vários jovens tão chegando, mas é muito pouco ainda. Quando a capoeira chega na Martinica, a capoeira seduz todo mundo. O Danmye  tem mais dificuldade.

A Ladja tem toda a parte da luta que precisa de muito treino. Tem que ter o corpo forte, também, muita técnica.

Com certeza a capoeira é mais avançada no processo de divulgação, de politização. Então a capoeira me deu vinte anos de adianto com a Ladja. A Ladja, o Danmye é como a capoeira talvez há trinta anos atrás. Então eu posso ver os caminhos que o Danmye não devia tomar. As pessoas querem fazer competições com o Danmye, envolver academias ... e o que está acontecendo com a capoeira me dá mais clareza para ver qual caminho faria mal para o Danmye. Mas como eu não estou na Martinica, não participo das reuniões, não tenho tanto poder, ainda não tenho esse peso para falar também.

Mas a última vez que eu tava na Martinica, eles tavam organizando competição ... falando em colocar proteção na cabeça e luva de boxe nas mãos ... Não faz sentido ... Eles tão perdendo o ritual ... não é um esporte, é um ritual. Toda uma cultura, toda uma espiritualidade envolvida, não é um esporte, não é uma coisa só física. Eles tão fazendo os mesmos erros que os mestres de capoeira ... mas eu não tenho poder ainda ... Eu tô no Brasil, iniciante de Ladja ... Mas quero voltar para lá para lutar. Lutar pelo meu país em diferentes aspectos, não é só pelo Danmye. A gente tem uma mente muito colonizada. A gente nunca foi independente. A gente tem que comer comida de fora que a gente poderia produzir na Martinica. O povo tá bem bipolar entre uma cultura africana e uma cultura francesa, que não tem muito a ver. Pelo menos no Brasil, vocês tem uma cultura africana, indígena e o português não é tão longe da África. O português tem uma coisa árabe, mas o francês é muito longe disso. Então no Brasil é mais fluido, mas na Martinica a gente é bem bipolar. Se comporta como um francês e de repente como um africano. Às vezes a transição é um pouco bruta.  Então eu tenho que voltar lá para fazer diferentes coisas, não só para o Danmye.

A parte espiritual do Danmye ainda é bem presente, as preparações ... o pessoal está querendo voltar para estes conhecimentos, que são bem forte ainda.

O Brasil tem muito para aprender, para dar para Martinica e Martinica tem muito para dar para o Brasil. São duas culturas que se complementam, uma tem que resgatar coisas da outra ... Eu me sinto privilegiado de estar entre as duas. Às vezes eu penso, Uau! Incrível! Eu sou uma ponte, falo as duas línguas, a língua da capoeira, a língua do Danmye, o Danmye me faz entender mais a capoeira, a capoeira me faz entender mais o Danmye. Então eu sou muito privilegiado.

Mo: Como é mesmo aquela frase?

Dimitri: Ou wey ou pa wey. Ou wey ou pa wey é a essência da Ladja. Você achou que viu, mas você não viu. Você viu minha mão, mas você não viu meu pé. É a Mandinga.

Mo: Então a Mandinga é uma conexão entre as culturas que você transita?

Dimitri: Sim. A Mandinga é presente em cada arte marcial. Para acertar alguém, você tem que fazer ele acreditar que você vai fazer uma coisa, e faz outra. Mas na Capoeira, no Danmye, o foco é muito mais forte nisso. E a música incentiva muito isso. Tem muitos lutadores de boxe que começam a usar muito isso. Muitos africanos, você vê eles fazerem o boxe, mas você sente que eles precisam dançar ... tem alguns lutadores agora que fazem isso e é muito eficiente. A gente pode pensar: “será que a mandinga é eficiente?” Quando você vê um boxeador usando isso e isso funciona, você vê que é muito eficiente.

Mas tem vários níveis de mandinga. Tem a mandinga assim, mas tem a mandinga de verdade, que você enfeitiça o outro, de verdade. E isso é para os iniciados. Tem que enfeitiçar o outro. Ele tem que ficar perdido com você, sem saber o que está acontecendo.

Você pode fazer isso de uma forma bem física, ou de uma forma espiritual, com magia mesmo.  Mas isso é outro nível.  Por isso o Danmyeté é uma pessoa iniciada. Que antigamente não tinha essa coisa só física, tudo era junto. 

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Permangola, Kilombo Tenondé 
Janeiro de 2018 
Povoado do Bonfim, Valença da Bahia


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