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Mostrando postagens de março, 2013

De pensar em Oxum

                                   Só de Pensar em Você Oxum o Mundo Fica Bonito (Déi Ferreira) Corre o rio  Que nem fosse ave  Deságua suave  Na praia o rio  Ai que arrepio  Como é comum  Problema nenhum,  Tem a alma líquida  Tem de tao límpida  O rio é Oxum... A lágrima cara Que o peito escuma Dos tristes na espuma Enchendo a cara Se torna mais rara Se brindam na aurora O amor de agora. Torna tudo infinito É tudo o que sinto Porque Oxum é a Senhora. A pele preta Que preta a amada E a madrugada Toda enfeita Dá a receita De ver o comum De forma incomum Colore de poesia O que lhe dizia A pele preta é Oxum. . Oxum

Alabê, por Maíra Azevedo

O lindo texto que Maíra Azevedo escreveu sobre o Ogã Erenilton Bispo dos Santos, que merece todas as homenagens. "Quem vè o senhor franzino e com dificuldade de locomoção não imagina o poder que Erenilton Bispo dos Santos tem em sua religião. Adepto do Candomblé há mais de 50 anos, ele é profundo conhecedor dos cânticos sagrados das quatro principais nações do culto: Ketu, Ijexá,Jeje e Angola. Alabê (homens do cancomblé que tem a função de cantar para saudar os Orixás) mais antigo de Salvador, seu Erenilton foi homenageado ontem, na Assembléia Legislativa da Bahia, com o título de Mestre Popular. O religioso recebeu dos integrantes da Casa de Oxumaré na Federação, terreiro do qual é integrante, o "Agdavi de Ouro", símbolo de seu conhecimento de vários toques do Atabaque. "Eu me sinto honrado em saber que as pessoas admiram meu Dom. Aprendi a cantar porque fui obediente e sempre procurei ouvir os meus mais velhos", revela o ancião. Nem mesmo o ato de ter sofrido

Ladeira do Congado . Coleção Djalo

. . .  C O L E Ç Ã O  .   D J A L O     .     OURO PRETO. . .    .LADEIRA DO CONGADO .      2013     Photo By Mo Maiê (Brasil) negra mãe, deixa que me aconchegue em seu colo ó mãe negra, cubra-me com teus beijos rosacor deixe que me deite assim em teu coração e que me brote e que me cheire .... deixe-me perder em teu manto de estrelas, ó minha mãe de ébano ó doce mãe..... deixe-me adormecer pelos ladrilhos dessa ladeira e assim talvez me esqueça  que existe dor no mundo....... grupo de folia, na porta da igreja da sé, em Mariana guarda de congado de Piracicaba, em Ouro Preto detalhe da Igreja de Santa Efigênia, construída por Chico Rei, em Ouro Preto sanfoneiro enrolando seu cigarrinho Negra Mãe Em janeiro acontecem fortes manifestações de reisados, folias e congados em Mariana e Ouro Preto (Minas Gerais). Nesse ano de 2013 pude ver de perto a beleza e sentir a emoção dessas festas.

mosaicos do alto da sereira

Um artista plástico é um griô, um contador de histórias. Nas formas de suas criações, nas cores, nos materiais, estão incorporadas narrações poéticas, pedacinhos de histórias... Na frente das casas do Alto da Sereia estão escritas histórias do cotidiano de seus moradores e da própria cidade de Salvador... O azulejo quebrado, considerado lixo inútil por muitos,  se transforma em bonitos murais dando mais beleza e encanto ao morro, uma ocupação urbana, onde a prefeitura não sobe para fazer a limpeza das ruas... mosaico no Alto da Sereia mosaico de uma baiana mosaico: uma mulher estendendo sua roupa vista do alto da sereia das pedras

Griô . A Biblioteca Viva

O Griô conserva a memória coletiva de seu povo e sua comunidade. Por isso, é costume dizer-se que «quando na Áfrika morre um ancião é uma biblioteca que desaparece».  A figura do Griô tem uma enorme importância na conservação da palavra, da narração, do mito no Oeste Afrikano.  Na prática, eles funcionam como escritores sem papel nem pena.  Ortografam na oralidade aquilo que deve permanecer embutido na memória e no coração dos seus familiares e conterrâneos, no sentido de manter incrustada a identidade do seu ser e das suas raízes, fundamentada, em grande parte, no seu passado e nos seus predecessores.  Os Griôs são os guardiães, intérpretes e cantores da História oral de muitos povos africanos. Na língua mandinga são conhecidos como Jèli e na Áfrika Central como Mbomvet. Todos eles possuem uma função social bastante semelhante e de grande relevância.  Os griots cantam a história épica da África e os mitos dos diferentes povos, ou elogiam os méritos dos heróis e personag