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Mostrando postagens de 2019

Laamb . Luta marcial ancestral do Senegal

Laamb . Arte Marcial senegalesa Hoje fomos ver Saliou tocar sabar na semi final do  festival de Lamb, a luta marcial senegalesa que sempre me deixou fascinada. Neste texto de Flora Pereira da Silva um pouquinho de sua essência: "Conhecida popularmente como laamb na língua franca do país (o wolof), a luta senegalesa é proveniente da cultura serer, onde nasce com o nome njom, termo que significa “coração ou honra” e que já diz muito sobre a tradição. (...) A luta é rodeada de rituais místicos, e apesar da crença de que a força e o treinamento são importantes para a vitória, não há senegalês que negue o valor das cerimônias de sorte e das energias extras. Antes, durante e depois da luta são inúmeros os rituais praticados para afastar o azar, ou então, para tirar a sorte do oponente. Os mbeurs (palavra wolof para lutadores) antes do confronto, ao ritmo dos tambores, performam uma dança emblemática chamada bakk, que além de captar as energias positivas também serve como um suple

Transatlântica . Conexão África e Brasil

Transatlântica. África e Brasil A residência artística TRANSATLÂNTICA  levará a compositora e multi-instrumentista brasileira Mo Maiê a vivenciar um profundo mergulho no universo dos saberes e fazeres musicais na densa trama cultural do Oeste Africano, de janeiro a março de 2020, no  Senegal. Com o apoio cultural do "Programa Ibermúsicas" e do "Complexo Multicultural Sobobade" (Senegal), a residência faz parte de um amplo projeto transcultural que conecta uma rede criativa de experimentação e saberes entre músicos, artistas, educadores, produtores e comunidades no Brasil e na África. TRANSATLANTICA propõe celebrar o encontro entre o universo musical brasileiro, o Jazz e o universo musical do Oeste africano, que representa uma parte do continente, sem se prender a um único registro cultural, nos relembrando dos intensos movimentos de trocas e hibridações que caracterizam os caminhos da música através dos territorios africanos e diaspóricos. Ao p

Sopros de Ayó . Encontro Negro de Contação de Histórias: Segunda edição em BH

“A gente chama Ayó e todos os sopros se encontram!” Sim!!! Temos motivos para celebrar este 7 de setembro no Brasil: em Belo Horizonte acontece o "Sopros de Ayó . Encontro Negro de Contação de Histórias"! Sopros de Ayó foi concebido no Rio de Janeiro, em 2016, por Natalia Grilo, pelo DESEJO e NECESSIDADE URGENTE de ouvirmos as histórias negras contadas por negr@s autor@s e contador@s.  Este Sopro Vem ressoando Forte!  Esta será a segunda edição do encontro na capital mineira e  a rede de contador@s negr@s aumenta a cada ano com a iniciativa, que também contará  com a presença de grandes artistas do universo da música, da dança e a presença da comunidade local, representantes da Pedreira Prado Lopes, que contarão um pouco do cotidiano e de alguns personagens da comunidade.  Histórias que não ouvimos numa cadeira de escola ... Histórias caladas, Invisibilizadas, Histórias Vividas em Movimento de Luta, de Ressignificação, de Renascer!  Histórias Negras!!!! Herdeir

Árvore da Memória: Mãe Beth de Oxum

Mãe Beth de Oxum, Líder Kilombola da Bahia Mãe Beth de Oxum: Estou aqui na margem do Rio Paraguassu, em frente ao Rio onde nasce nossa mãe Oxum, minha mãe, a mulher da minha vida … onde existir água, existe força e ancestralidade.  Eu sou Bernadeth, Kilombola, mulher sofrida, mulher que hoje está aqui com toda essa resistência, mas tem 1 ano e 7 meses que perdi meu filho … mataram meu filho no Kilombo! Meu filho deixou historia, deixou legado … se mataram ele é porque ele tava incomodando … mas tá nas mãos de Deus, e tá nas mãos de Xangô, que é o homem da Justiça.  Eu sou artesã, sou Filha de Santo, tenho 48 anos de santo, de iniciação, sou filha do Jeje, sou filha de Oxum, mas sou filha de Dam, a minha Oxum é Ketu mas meu pai de Oxumaré é de Dam, sou filha de Dam.  Entao, eu peço a Deus resistência, porque enquanto existir essa Fé, é essa Fé que me trás em pé! Sem a fé não existe nada, sem a fé não existe força. Então a fé e a resistência!  Eu peço a todos os gove

Vivência de Iniciação à Música Afro.Mandinga em Santo Amaro

Vivência de Iniciação à Música Afro.Mandinga (do Oeste Africano) "Baobá Memórias de Tempo" e a "Escola Nomad Djalô" têm imensa alegria de convidar você para participar da Vivência de Iniciação à Música Afro.Mandinga (do Oeste Africano), com a musicista e pequisadora Mo Maiê . A proposta principal da vivência é estimular o encontro de músicos e amantes da música com culturas ancestrais da Farafina (África do Oeste), através da música - a máxima expressão de um povo. O encontro acontecerá na mágica cidade de Santo Amaro (Bahia) e realizaremos uma iniciação a alguns ritmos, melodias e cantos do Oeste Africano além de conhecer alguns instrumentos tradicionais e suas estórias, como o Balafone, o Gongoman, o Kamale Ngoni, Xekere e Kalimba. A vivência é aberta para músicos em geral e amantes do Afro em particular, sendo que não é necessário contar com instrumentos africanos (aqueles que tocam algum instrumento melódico ou de percussão, poderão pa

Árvore da Memória: Doudou Rose "Griô não é sangue, é osso"

http://www.colecaodjalo.contactin.bio/ Doudou Rose: "Griô não é sangue, é osso" . Estamos em Salvador da Bahia com o senegalês Doudou Rose, mestre Griô que vai partilhar um pouco de suas estórias conosco … é um pouco porque ele tem tantas estórias que não caberiam dentro de um livro só! Doudou: Boa tarde, Mame Diarra … é verdade … eu tenho uma estória muito grande que não cabe mesmo num livro … uma estória muito grande por parte de meu pai. Eu sou neto de Sengh Sengh … O Que é Sengh Sengh? Sengh Sengh Faye é primeiro Griô de Dakar, no Senegal. Nasci numa família muito grande, uma família de Griô … Griôs são os contadores de historias de Africa … Se não era o Griô ninguém sabe o que é Africa.  Nasceu minha família pra contar o que é Africa, o que é minha terra, o que é Senegal … Tô aqui no Brasil pra representar Senegal e a cultura africana, a cultura de Griô.  Tem doze anos que trabalho aqui com a Escola Municipal através de Historia de Africa e história d

Nanjila, a Mãe dos Caminhos

  Nanjila, A Mãe dos Caminhos Foi Nanjila, a Mãe dos Caminhos, quem abriu nossos Passos no fim da Tarde, permitindo-nos Estradar Savana Sertaneja, onde Brotos de Água se Secaram, abrindo Valas e Arrugas Profundas no Chão Empoeirado. - “Plante-se em Mim” ... Nanjila Assobiava baixinho, Contemplando o Nascer do Sol no Horizonte entre Mandacarus e Cajuêros ... O Sol se Punha no Horizonte, abrindo Mundo Enigma Noite … “Nanjila, Nanjila" - Yola pensava consigo mesma, contemplando Rebanhos de Estrelas no Firmamento. -  “Como foi que a Mãe dos Passos me preparou esta Cilada?” Ao seu redor, Só o Silêncio do Calor, Mas  Yola parecia Ouvir um Murmuro Antes de Cair Adormecida nas Dunas Brancas Que Refletiam o Luar ... "Plante.se em Mim..." parecia ouvir ... . Sim... Bem sabemos que foi Assim...  Depois de Perder-se de seu Filho - que Foi Lutar a Guerra - Por Tempos Yola preferiu Manter-Se Viva, Ainda que Morta, trabalhando em Sua Roça e Trançando Velhos

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