A palavra “griô” é um abrasileiramento de “griot”, termo que define um amplo instrumental para buscar compreender o universo da complexa e fascinante trama das tradições orais afrikanas e afro-diaspóricas. Áfrika é diversa, seus povos estão em movimentos, suas línguas estão vivas e cada um de seus povos tem suas próprias formas de transmitir seus conhecimentos ancestrais. Considerando-se a vastidão territorial, a riqueza e a pluridiversidade cultural do continente mãe, não vale buscar compreender quem são, como são, onde estão, como trabalham e vivem as mestras e mestres tradicionalistas colocando-lhes num único bojo, como se fossem uma massa homogênea, lhes categorizando de forma simplista como membros de uma “casta”, termo que está sob crescente ataque, sendo apontado como uma distorção das estruturas sociais do oeste afrikano. Para os Yorubás, o mestre da oralidade é chamado de Akapalo, “aquele que guarda e transmite a memória de seu povo”; em Wolof, o tradicionalista se chama Géw
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