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Mostrando postagens de abril, 2018

Kandia Kouyate, Jelimuso: A música é a arma do futuro

Kandia Kouyate, Jelimuso do Mali  Nascida  na cidade de Kita, a oeste do Mali,  em 1959,  Kandia Kouyaté é uma mulher que nos inspira.   Ela é uma Jelimuso , uma mulher griô.  Ela é uma Kora Folá , uma tocadora de Kora.  Kandia Kouyaté pertence a uma família muito antiga de griots, os Kouyate , descendentes de Bala Fasseke Kouyaté, considerado um dos primeiros griôs Mandingo . Kita Kan é uma expressão Malinké que significa Voz de Kita . Ela é uma das maiores cantoras do Mali, reverenciada em toda a África Ocidental. Kandia Kouyate nasceu pouco antes da independência do Mali . Seu pai era um brilhante tocador de balafone e pensando no futuro de sua filha, enviou-a para uma escola de missionários católicos, onde ela estudou até o 8º ano.  Paralelamente à escola, ela ia desenvolvendo seus talentos como JELIMUSO (griô), aprendendo as técnicas de sua mãe, seu pai e seu tio.  A doença do pai obrigou-a a deixar a escola e dedicar-se, desde cedo, à música p

Joab Jo Malungo

"Tentam diasporar nosso corpo, mas nosso corpo não pode ser diasporado.  O Corpo não é o corpo. Só não existe.  O pinote não é só pinote. O pinote é o pinote. A capoeira não é só pinote. Não é só pulo. A capoeira pensa." O corpo é o que não nos deixa perder de nos mesmo. A gente nao perde o corpo nunca. A colonização tentou nos separar de nosso próprio corpo." (Joab Jo)

Do outro lado de cá: O Sistema Caboclo

dikenga e o sistema caboclo Por que este encontro aconteceu na Zona da Mata?   Por que em terra de caboclo?  Por que conexões Mandinga - Ginga - Linha de Kalunga ? Foi assim que Joab Jo falou: "Tentam diasporar nosso corpo, mas nosso corpo não pode ser diasporado. O Corpo não é o corpo. Só não existe. O pinote não é só pinote. O pinote é o pinote. A capoeira não é só pinote. Não é só pulo. A capoeira pensa." O corpo é o que não nos deixa perder de nos mesmo. A gente não perde o corpo nunca. A colonização tentou nos separar de nosso próprio corpo." (Joab Jo) "Não existe opressão que não atravesse o corpo" (Eduardo Oliveira) Ataques a corpos que não se deixam docilizar. As historias de vida é a cura dos sistemas estruturados para oprimir. Todos temos nossas narrativas.  O Jogar capoeira é como parir.  Pertencimento, Colonialismo . É muita gente violentada. É muito corpo violentado. Se não percebemos os mecanismos de violência não

Gonzalo Hidalgo: Arte, Permacultura e Comunidades Sustentáveis

Gonzalo Hidalgo nos fala sobre sua vida e seu trabalho que conecta as Artes e os fundamentos da Permacultura, em  conversa realizada em janeiro de 2018, no Kilombo Tenondé. Gonzalo Hidalgo . Permangola 2018 . Bahia  Meu nome é Gonzalo Hidalgo. Eu sou chileno de nascimento, mas eu moro nos Estados Unidos há mais de 34 anos. Sou artista formado em performance e também em artes de impressão. E comecei a fazer permacultura há mais de 25 anos. A permacultura me encontrou em uma viagem ... meu trabalho artístico tinha muito a ver com objetivos que eram ecológicos e sociais e comecei a pensar por muito tempo que as condições de museus e galerias artísticas não davam pra expressar o que eu queria fazer: interagir com mais gente, inclusive manifestar minha visão do mundo só através da arte. Fiquei com um compromisso de fazer um trabalho que tinha como objetivo ter mais contato com mais gente. Que ele fosse um veículo de transformação para mais gente, e a permacultura foi esse veí