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Mostrando postagens de 2018

A ideologia Panafricanista e a Música, por Simão Bengui Eduardo

A ideologia Panafricanista e a Música Tema: O Panafricanismo: Uma ideologia Africana certa para a mudança de paradigma Político num mundo repleto de Ideologias Anti-África.  Por: Simão Bengui Edua rdo Parte VIII – A ideologia Panafricanista e a Música; A propagação dos ideias políticos da União Africana pelos fazedores de música. Se existe um aspecto importante no processo propagador do panafricanismo em diferentes partes de África e na Diáspora é a sua ligação profunda com a música africana, especialmente na alteração da forma de pensar dos fazedores de música nas suas composições. Se por um lado a música é vista como uma combinação de sons que soa de uma forma agradável a orelha de qualquer homem ou mulher, a música releva-se profundamente no seu conteúdo, pela proposição mostrada no que pensa o músico na composição das suas letras. A música esta ligada a cultura de onde os fazedores desta arte o fazem propagando as ideias e a crença dos mesmos em honrar os seus heróis

estórias do balafone

É provável que a origem do balafon venha da Idade da Pedra. Conta-se que em certas regiões, caçadores afrikanos ouviam notas diferentes nas madeiras que cortavam com suas ferramentas.  Assim, começaram a alinhá-las pelo seu tamanho e sentavam-se para ouvir os sons agradáveis que produziam. E  então, eles fizeram buracos na terra embaixo de cada tábua e o som mudou: parecia vir de dentro do corpo humano ou da própria terra... "Com a descoberta e uso do ferro há mais de 2.500 anos, a organização das sociedades afrikanas transforma-se significativamente.  Muitos habitantes, nômades desde a aurora dos tempos, tornam-se sedentários. Castas são formadas e, entre os artesãos, o ferreiro torna-se o centro de todas as atividades e ganha um poder importante. Sem ele, não há armas de caça, ferramentas agrícolas e utensílios de cozinha. Ele é o mestre do fogo e da madeira.  Tradicionalmente, o ferreiro esculpe tambores, djembe e lâminas balafon. O gesto da balafon fola é o

Movimento High Life na Nigéria

https://the234project.com/entertainment-and-sport/nigeria/highlife-music-in-nigeria/ O movimento musical conhecido como "Highlife" originou-se na África Ocidental, em Gana por volta da virada do século XX.  A década de 1930 viu a disseminação da alta vida para a Serra Leoa, Libéria, Gâmbia e Nigéria.  As décadas de 1920, 1930 e 1940 testemunharam o surgimento de bandas de violão que tocaram a highlife e a variante conhecida como "Odonson" ou Ashanti Blues.  E nos anos 1950 tornou-se muito popular na Nigéria. Alguns expoentes famosos desse tipo de música foram Kwesi Pepera, Kwame Asare (também conhecido como Jacob Sam ou Kwamin), Appianing, Piasah, Mireku, Kwasi Manu, Kamkam, Osei Bonsu, Kramo Seidu e Appiah Adzekum, para mencionar apenas alguns. Começou como uma mistura de instrumentos musicais ocidentais e expressões culturais africanas caracterizada por lances jazzísticos, múltiplas melodias de guitarra, cantos emotivos e ritmos ganenses. 

Mestre Môa do Katendê e as Represas do Tempo

Moa do Katendê O povo bakongo diz que onde não há  mambu  (dúvidas, conflitos, problemas) o tempo não está se movendo: assim como não existe  moyo  (vida).  Apenas quando os fatos  (dunga)  acontecem, as “coisas” se movem e o caminho da linha do tempo torna-se clara.  Mataram Mestre Môa do Katendê!!!  Mande tocar Iúna, na boca da mata, que hoje o céu e a terra choram, a Bahia e todos nós choramos,  Chora o couro, a cabaça, chora o agogô! Mataram a mim, mataram você. Mataram nossos avós. Mataram nossos vizinhos. Mataram até a moça que vende pipoca no Jardim.  Estão nos matando a cada dia. Mulheres, Pretas, Pretos, Homossexuais, Travestis, Idosos, Pobres, Analfabetos, Crianças ...  E ninguém se atreve a chamar de guerra o que estamos vivendo.  Enquanto isso, a faca cortou a pele macia do mestre. E foram doze!!! As facadas pelas costas. Coisa de capitão do mato, ecos coloniais que se estendem em nossas vidas até os dias de hoje.  O Tempo ....  Era d

Roda Bakongo no Festeco

Roda Bakongo no Festeco 2018 (Festival de Teatro Comunitario)                                      pela libertação da mentalidade escravocrata e colonizada do povo brasileiro ... é preciso reconectar-se com raízes talhadas e interrompidas, com ancestralidade que conecta passado, presente e futuro e por isso é algo que se constrói no aki e no agora, no movimento. É preciso respeitar a sagrada natureza que habita no mundo e em nós mesmos ... Das palavras de Fu Ki.Au: "O mundo natural é o mais seguro e rico laboratório da raça humana. É um laboratório sem paredes, que o s Bântu continuam a descobrir desde a sua mais tenra idade. O processo fundamental de aprendizagem para os jovens Bântu tem lugar dentro desses laboratórios sem paredes. As pessoas andam dentro deles silenciosamente, por causa da sua sacralidade, e elas ficam de pé ali assim como diante de monumentos. O homem do remédio (ngânga), curador da comunidade, gasta maior parte do seu tempo dentro desse t

Christy Essien: a primeira dama da canção da Nigéria

Christiana Uduak Essien-Igbokwe, a  primeira dama da canção da Nigéria,  nasceu no estado de Akwa Ibom, Nigéria em 1960.  Tragicamente ela perdeu a mãe cedo, aos 12 anos de idade.  Em meados dos anos 70 ela começou a cantar profissionalmente em uma idade relativamente precoce, nos clubes de música de Aba. Extensivo trabalho de TV logo se seguiu e em 1977 ela lançou sua carreira musical profissional com o álbum "Freedom".  Seu quarto álbum "One Understanding" foi assinado pela Afrodisia e lançado em 1979. "One Understanding" foi produzido por Pal Akalonu. É uma mistura infecciosa de Afroboogie ("What Love Is About", "Mind Your Biz"), Swinging afro groove ("Você não pode mudar um homem") Afro Soul Smooth ("Take Life Easy"), tingido de reggae  e, claro, uma balada suave, "Compreensão". As letras de Christy mostram uma profundidade de compreensão e sabedoria muito além de seus 19 anos (n

Djambê . A Alma do Oeste Afrikano

Djambé Acredita-se que o Djambe tenha surgido nos anos 900 AC, entre o povo Maninka, embora alguns dados fazem parecer que este instrumento tenha originado em 1300 AC, no território hoje chamado Mali. Com o tempo, o Djembe emigrou para outras áreas, como Senegal, Nigéria, Guiné, Costa do Marfim e Burkina Faso.  Acredita-se que tenha sido criado por artesãos Numu, considerados os guardiões de certos poderes. Eles foram responsáveis ​​por esculpir o corpo de djembes e tocá-los. O djembe é conhecido em tais lugares como o tambor de cura pela sua grande potência, que foi utilizado em ritos sagrados, nascimentos, casamentos e enterros, acompanhados por outros instrumentos, tais como a dum dum, o balafone e o Shekere. Conta a tradição oral, que em momentos de guerras e lutas entre diferentes clãs, os djambefolás (tocadores de djambé) ficavam na vanguarda, na linha de frente dos ataques às suas comunidades ... tocavam o couro do instrumento, anunciando o terror, clamando

Entoados: A Linguagem dos Sinos

4º AYÓ – Encontro Negro de Contação de Histórias - Edição Minas Gerais

4º AYÓ – Encontro Negro de Contação de Histórias - Edição Minas Gerais Ayó Ayó é palavra yorubá que significa "Felicidade, Exaltação". Foi esta a palavra encantada escolhida para dar nome ao "Encontro Negro de Contação de Histórias", que chega em setembro a Minas Gerais, com a força do grito ancestral que já não pode calar-se! Um ritual negro de contação de histórias,   um  festival independente que celebra a tradição oral africana e afro-diaspórica, nascido da urgência de viver-experienciar o resgate de causos, memórias, da necessidade da fala negra na construção e na vivência afro-brasileiras, ofertando a crianças, jovens e velhos histórias negras, que tragam referências pretas e demonstrem a realeza que a África coroou o Brasil.       "Um encontro onde se reafirma a importância de uma reunião da nossa oralidade, do resgate dos ensinamentos das velhas tias jongueiras, do samba, do côco, rainhas Iyás. O que a gente busca é a valorização e vis

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