Roda Bakongo no Festeco 2018 (Festival de Teatro Comunitario) |
pela libertação da mentalidade escravocrata e colonizada do povo brasileiro ... é preciso reconectar-se com raízes talhadas e interrompidas, com ancestralidade que conecta passado, presente e futuro e por isso é algo que se constrói no aki e no agora, no movimento. É preciso respeitar a sagrada natureza que habita no mundo e em nós mesmos ... Das palavras de Fu Ki.Au: "O mundo natural é o mais seguro e rico laboratório da raça humana. É um laboratório sem paredes, que os Bântu continuam a descobrir desde a sua mais tenra idade. O processo fundamental de aprendizagem para os jovens Bântu tem lugar dentro desses laboratórios sem paredes. As pessoas andam dentro deles silenciosamente, por causa da sua sacralidade, e elas ficam de pé ali assim como diante de monumentos.
O homem do remédio (ngânga), curador da comunidade, gasta maior parte do seu tempo dentro desse templos vivos, bibliotecas e laboratórios para “estudar” e coletar o remédio da comunidade. Para cada remédio ele canta uma cantiga com detalhes de como e quando o remédio é preparado e usado. Da mesma maneira, seus/suas seguidores (as) bâna, literalmente “crianças”, aqueles a tornaremse futuros ngânga, repetirão kumbu lula aquelas mesmas cantigas de remédio, bem como as suas próprias. Cantar os remédios corretamente e perfeitamente é um método popular para manter a receita do medicamento e é uma das mais importantes responsabilidades de um m’buki curador entre os Bântu. A arte de “cantar os remédios” é vista também como uma rotina diária espiritualmente sagrada do nganga."
atravessando a linha de kalunga, a roda bakongo no Festeco (festival de teatro comunitario).
Comentários
Postar um comentário