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Mostrando postagens de 2014

Ubuntu africanias estreia "Ojú ònà: o caminho", em Salvador

No dia 22 de novembro de 2014 o grupo Ubuntu Africanias lançou seu novo show, "Ojú ònà: o caminho" no Cine Teatro Solar Boa Vista, teatro de Salvador que fica no bairro Engenho Velho. Além do repertório instrumental o grupo também apresentou algumas canções cantadas sobre a temática do "novembro negro", aproveitando as lindas composições dos músicos do grupo. No início de 2015 serão lançados os vídeos da apresentação.  no fim, coube tudo ... #ubuntuafricanias Ubuntu Africanias: Ojú ònà - e o parceiro Washinton Santos Ubuntu: Ojú ònà: Thalita Batuk abrindo o show com o conto do nascimento do tambor Ubuntu Africanias: Ojú ònà. Mo Maie e Thalita Batuk Ubuntu Africanias: Ojú ònà. O jovem trombonista e compositor Matheus Leite Ubuntu Africanias: Ojú ònà. Emillie Lapa Ubuntu Africanias: Ojú ònà. Tuca Costa, Mo Maiê e Thalita batuk Ubuntu Africanias: Ojú ònà. Tuca Costa, Mo Maie, Thalita Batuk, Jorgelina Oliva e Emillie Lapa Ubunt

Carta da III Jornada de Agroecologia da Bahia

 "Pelos caminhos da América, no centro do continente, marcham punhados de gente, com a vitória na mão. Nos mandam sonhos, cantigas, em nome da liberdade, com o fuzil da verdade, combatem firme o dragão. Pelos caminhos da América há um índio tocando flauta, recusando a velha pauta que o sistema lhe impôs. No violão um menino e um negro tocam tambores, Há sobre a mesa umas flores pra festa que vem depois." Zé Vicente  Elas e eles, mais de mil e duzentos, chegaram de todas as partes chocalhando seus maracás, tocando seus tambores e atabaques, percutindo seus berimbaus e caxixis, dedilhando seus violões e acordeons e soprando suas flautas e gaitas. Chegaram com ginga, com cores, com alegria, trouxeram suas sementes sagradas e seus saberes ancestrais. Nos seus alforjes, sonhos, rebeldias e esperanças de um novo mundo possível para TOD@S. Na primeira semana de dezembro de 2014, entre 4 e 7, aconteceu nosso Grande Encontro no Assentamento Terra Vista,

o tambor de Bará

Bará é o nome de um tambor sagrado de Mali, um dos mais antigos tambores africanos criado e protegido pelo povo Mossi, na atual Burkina Faso. É feito com uma cabaça dura, com o interior trabalhado, que servirá como caixa de ressonância. Na abertura, coloca-se um couro de bode sem pelo, amarrado por um pequeno aro de metal que fica na parte oposta do couro, permitindo ao executante alcançar diferentes notas.   O Bará é um instrumento sagrado e vive nas casa reais. É o encarregado de transmitir o orgulho, a dignidade, a coragem e a sabedoria de seu povo, através de suas palavras.   o tambor Bará  

os contos dos orixás

                                   oke arô, oxossi! Às vezes não é você que escolhe uma história. É a história que escolhe você.  Para ser seu guardião. Para se aprofundar em suas raízes. Para lhe recontar para que outras pessoas a conheçam. É assim que me sinto com as histórias dos orixás. Primeiro veio Exú, o guardião das encruzilhadas. Abrindo caminhos com toda mandinga do mundo chegou para me pedir para contar uma história sobre suas aventuras pelo mundo. E assim, em uma lan house do Ra val  (um bairro de imigrantes de Barcelona, na Espanha) comecei minha  v iagem até a terra  dos Orixás.                             As histórias dos treze principais orixás da tradição yorubá tinham que ser contadas com poesia e música durante Jam Sessions onde estariam presentes uma narradora e muitos músicos. Diferentes a cada história.  Exu. Oxóssi. Yemanjá. Oxum. Xangô. Iansã. Ogum. Ifá Ossanha.                                         Ibejis.   Oxumaré.  Obaluaê.   Nanã.  Od

Cabaça

mulheres em festa ritualística tocando cabaças   A cabaça é considerada na África yourubá como o primeiro instrumento enviado do céu à terra, pelo espírito sagrado de Oduduá. Brota das terras, trazendo formas femininas e a abundância. Usada nas mais variadas culturas desde os tempos mais remotos, como utensílio doméstico, instrumento musical ou ritualístico. No meu processo como musicista e artesã, o encontro com a cabaça se deu através do xequerê, um instrumento que eu nunca escolhi tocar, mas que tive que tocar durante a minha gravidez, para seguir com o grupo de maracatu, do qual fazia parte. Os xequerês ou agbés são instrumentos originários da África e são feitos de "cabaça bailarina", como são bem conhecidas aqui no Brasil a cabaça com pescoço. Aqui chegaram e foram incorporadas nos afoxés da Bahia e de Pernambuco. E recentemente foram incorporadas à bateria das nações de maracatu. As formas voluptuosas das cabaças abrem nossa imaginação e a partir de seu

Alto da Sereia, comunidade quilombola

Seu Simião, um dos pioneiros da festa de 2 de fevereiro O Alto da Sereia é um pequeno bairro histórico, é um morro que surge entre a Praia da Sereia (ou Praia das Ondas) e a praia da Paciência, no Rio Vermelho. Foi invadido e ocupado coletivamente (com grande intensidade nos anos 1920) e hoje é habitado por algumas centenas de moradores, com forte estrutura social familiar, onde a maioria dos habitantes tem algum grau de parentesco, estabelecido há pelo menos uma geração.  Ficou dividido em duas metades, segundo uma linha reta que separa, em sentido perpendicular ao litoral, o lado que pertenceu à família Matos (até meados da década de 1960) do que fazia parte, ao que parece, de uma antiga Fazenda Areia Preta. Antes era chamado de "Alto de BIBIANO" e antes, CANZUÁ. História dos antigos... Foi aqui que nasceu a festa do 2 de fevereiro, em homenagem a Yamanjá, a orixá protetora do mar e dos pescadores. Sendo aqui uma comunidade de pescadores.... O Alto da Sereia é

Ubuntu Africanias presente no Seminário Nacional Mulher e Cultura

Ubuntu Africanias > Presente no Seminário Nacional Mulher e Cultura. Ato "A reescrita do protagonismo das mulheres na cultura"     O Ubuntu Africanias  estará marcando presença no Seminário Nacional Mulher e Cultura, agora no dia 31 de outubro, no Ato de "Reescrita do protagonismo das mulheres na cultura", 11 e 30 da manhã, nas escadarias da Biblioteca Pública. O Seminário acontecerá d e 28 a 31 de outubro. A capital baiana, Salvador, receberá agentes de todo o Brasil para debater as ações e os espaços de visibilidade das mulheres em alguns segmentos da Cultura. Realização da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura do Estado, em parceria do Ministério da Cultura (MinC) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Seminário trará mesas de debate, apresentações culturais e rodas de diálogo, tendo como principal objetivo fortalecer as ações culturais realizadas por mulheres ou sobre mulheres, além de promover reflexões e debates sobre a temática.

Maalem Mahmoud Ghania & Pharoah Sanders: As sete cores do universo

               Entre as melhores descobertas dos últimos dias está o encontro com um álbum surpreendente. Mesmo. The seven colours of the universe (As sete cores do universo), disco gravado em 1994, nascido do encontro entre o mestre Maalem Mahmoud Ghania (Marrocos) e o saxofonista Pharoah Sanders (USA). Pharoah é um saxofonista de grande importância na história do Jazz. Tanto por ter participado de grupos históricos como o de John Coltrane, como por ser um dos principais personagens envolvidos na criação do Free Jazz, um gênero de renovação do jazz surgido nos fins da década de 50. A palavra Maalem quer dizer "Mestre". Os Maalens Gnaouas são músicos curandeiros e têm uma função de extrema importância dentro dos rituais religiosos de sua etnia (que mesclam práticas animistas da África subsaariana com o sufismo islâmico). Para os gnaouas, as canções e os conhecimentos espirituais são passados de geração para geração através da oralidade e os Maalens costumam vir de famí

A lei griot no Brasil

GRIÔ é uma palavra abrasileirada que vem de "griot", da língua francesa, que traduz a palavra Dieli (Jéli ou Djeli), que significa o sangue que circula, na língua bamanan habitante do território do antigo império Mali que hoje está dividido entre vários países do noroeste da África. Na tradição oral do noroeste da ÁFRICA, o griô é um(a) caminhante, cantador(a), poeta, contador(a) de histórias, genealogista, artista, comunicador(a) tradicional, mediador(a) político(a) da comunidade.   Senegal. Chef Indigène et son Griot.     Ele(a) é o sangue que circula os saberes e histórias, mitos, lutas e glórias de seu povo, dando vida à rede de transmissão oral de sua região e país. O Griô é um guardião da memória e da história oral de um povo ou comunidade, são líderes que têm a missão ancestral de receber e transmitir os ensinamentos das e nas comunidades. A palavra é sagrada e, portanto,  valorizada num processo ancestral como fio condutor entre as gerações e cultura

oficina de poesia e ritmo popular

oficina de ritmo e poesia popular brasileira: osmar simões machado júnior, tolstói Nos dias 17 e 19 de outubro estarei acompanhando o poeta, compositor e arte-educador Osmar Simões Machado Júnior (Tolstói) na parte musical da oficina de Ritmo e Poesia Popular Brasileira, no Estúdio Sereia. Serão duas oficinas: uma para jovens e adultos, no dia 17, e outra para crianças, no dia 19. A oficina é dividida em módulos teórico-práticos. A proposta é estimular a criação de textos poéticos pelos participantes e arranjos rítmicos populares para estes. O trabalho é realizado através de noções simple ... s e intuitivas de versificação popular, métrica e rima, e de células rítmicas brasileiras, tais como repente, coco, sambas, galopes etc. Serão utilizadas dinâmicas rítmicas com a utilização de instrumentos de percussão convencionais e recicláveis. São feitos exercícios individuais e/ou em grupos para melhor fixação do conteúdo abordado. O evento contará também com a participação da music

Ngoni:

Ngoni >>> O ngoni é um alaúde simples construído com um corpo de madeira que serve como uma caixa de som. O corpo tem uma forma oval e está coberta com couro de gado . Similar aos kora , o ngoni tem cordas feitas de linhas de pesca de nylon, que são amarrados ao pescoço de madeira com tiras de couro amarrado. Para ajustar a entonação das cordas, o músico pode simplesmente mover as tiras para baixo ( para alisar) ou para cima ( para afinar) o instrumento . O ngoni geralmente tem duas principais cadeias de melodia que são dedos pelo lado esquerdo, semelhante a um banjo ou guitarra. Acompanhando as principais cadeias são 03:58 cordas fixadas a um passo fixo , estes são jogados de forma semelhante à harpa e podem ser chamados de cordas da harpa . É comum que o ngoni ter 04, 5 ou 6 cordas, embora alguns tenham até oito cordas. As regiões comuns de se encontrarem Ngoni são: Bappe, Diassare, Hoddu,

soko: ritmo malinké

O ritmo Soko é comum em Faranah, região da Guiné Superior O ritmo acompanha a dança de bilakoros (crianças não- circuncidados). Em algumas regiões ela é tocada durante os meses antes cicumcision . Depois de os anciãos da aldeia decidiram a data da circuncisão , a iminência do evento devem ser anunciados . Por esta razão, as crianças vão de aldeia em aldeia para informar seus familiares sobre o evento. Quando eles chegam em cada aldeia , o ritmo Soko é tocado .                                      

john coltrane, the believer

Koukou: poderoso e tradicional ritmo malinké

O que faz Koukou um ritmo fundamental para entender a música malinké ? Há muitas razões   que explicam porque o Koukou é   essencial e fundamental para o estudo e a prática de Djembe . Podemos começar com o fato de que Koukou ( Kuku , Coucou ) é um dos ritmos mais antigos do léxico da música malinké . Além disso, a música de Koukou é universalmente dançante e era   originalmente tocado quando as mulheres voltaram da pesca ou também   nas celebrações de   Lua Cheia . A incrível variedade de movimentos de dança para Koukou pode ser apreciada especialmente   por ex- dançarinos do Ballet Nacional da Guiné (ver Youssouf Koumbassa , Moustapha Bangoura e Alseny Soumah ) . Koukou tem sido e continua a ser um embaixador chave para o mundo incrível da percussão e da música Africana . o ritmo Koukou-Malinké

Samba de Caboclo - música de transe

O candomblé de Caboclo é um culto é um culto afro-brasileiro onde são reverenciados os Caboclos, espíritos de índios brasileiros. Os Caboclos atualmente são venerados na quase totalidade das casas de Candomblé de Salvador, que os consideram no mesmo nível dos Orixás africanos. Candomblé de Caboclo Deixou de ser uma “nação” para fazer parte de quase todas. A música é funcional e desempenha um papel muito importante, já que o culto não seria possível se ela. Todo o ritual é acompanhado de música, e os versos e frases repetidas das cantigas têm o poder de chamar o mundo sobrenatural. Com isso, as funções musicais são as mais variadas. Os rituais são inseparáveis do canto e da dança, e os atabaques, instrumentos sagrados, além de serem fundamentais para a marcação rítmica das coreografias, servem também de meio de comunicação entre os homens e as divindades. Todos os componentes do culto estão relacionados, não poderemos entender a música se olharmos isoladamente. A função principal da

autóctone>>> o indígena e a música popular brasileira.

o papel do indígena na construção da identidade da música brasileira outro dia estava lendo um artigo sobre as raízes e a formação da dita "música popular brasileira", o que me fez refletir bastante sobre o tema. O autor do texto contava que, comparado com a influência negra e europeia, o índio teve papel irrisório no processo de construção de nossa música popular. Bem, na hora que eu li, parei um pouco e comecei a pensar que essa visão é uma visão limitada, ou seja, que ao meu ver ele está considerando música popular brasileira a música criada no eixo Rio-São Paulo. Depois parei mais ainda pra pensar ... vivendo há alguns anos no nordeste brasileiro, na cidade movimentada que é Salvador, fui alimentando meus ouvidos com sonoridades marcantes que tem suas raízes na música indígena.  E consigo perceber claramente essas raízes, mas muitas vezes os próprio nordestinos não admitem esse fato  e como o autor do artigo citado acima, apenas ressaltam as influências dos bran

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