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Mostrando postagens de junho, 2013

As caixeiras do divino no Maranhão

Para tornar-se uma caixeira é necessário estagiar no ritual das caixas. Enquanto são jovens, as mulheres acompanham as caixeiras carregando bandeiras e bandeirinhas, aprendem os cânticos e danças para quando atingirem a maturidade possam integrar um novo grupo de caixeiras, em geral dedicam-se a prática como cumprimento de promessa. Embora não recebam pagamento, as caixeiras são muito respeitadas, e no Império do Divino, recebem muitos banquetes durante as festas e são saudadas por todos os visitantes. Por ser uma festa com muitas comidas, acredita-se que comer na Festa do Divino garante comida em casa o ano todo. O ritual que marca o início da Festa é o levantamento do mastro: muitos homens vão à mata procurar um tronco alto e bonito para colocá-lo como mastro, no percurso de volta até o terreiro os homens se exibem pelas ruas em sinal de orgulho pelo achado. No levantamento, o mastro é enfeitado e em cima dele colocado a bandeira do Espírito Santo junto com uma pomba esculpida em

samba de lata

                                                    Samba de lata, uma manifestação que virou patrimônio cultural e nasceu da labuta diária misturada com a alegria das mulheres negras. Uma lata basta para levar a muitas gerações a dança das matriarcas.  À sombra da barriguda, uma árvore nativa do sertão baiano, mulheres e crianças varrem o chão, molham a terra, num ritual que prepara a festa. O único instrumento: uma lata. O figurino caprichado e os adereços completam o visual das sambistas. Com pés no chão batido, apenas dois homens fazem parte do grupo e a música sai da palma da mão. Valdelice puxa o samba, acompanhando as batidas da lata. Essa é a mais forte expressão cultural de Tijuaçú, comunidade quilombola de senhor do Bonfim, no norte da Bahia, fundada em 1750. Buscar água de lata na cabeça, a pé, percorrendo todos os dias 18 quilômetros. a rotina de crianças, mulheres e homens negros de Tijuaçú. para transformar o sacrifício da falta d´água em diversão, nasceu o

Gratidão, Augusto Omolú....

Com uma história profissional de mais de 30 anos, iniciada como aprendiz de Mestre King e Emília Biancardi, este soteropolitano, ícone da dança brasileira, com carreira internacional reconhecida, era especialista em danças afro-brasileiras. Omolú integrava o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) também desde a década de 1980. Ao lado do curador artístico da companhia, Jorge Vermelho, estava vivendo um processo de transição para ocupar o posto de assessor artístico do grupo.  “É uma tristeza muito grande. O BTCA fica vazio. Augusto Omolú sempre foi muito intenso, de alegria contagiante, uma presença que só fazia somar. Era uma figura de muita produtividade, amigo e companheiro muito importante. Resta-nos a indignação diante da violência que assola o país. Fico muito triste de receber e compartilhar esta notícia com a classe da dança da Bahia”, lamenta Jorge Vermelho. Comprometido, íntegro e querido por todos, Omolú retornou ao Brasil há cerca de dois anos, após viver na Dinam