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4º AYÓ – Encontro Negro de Contação de Histórias - Edição Minas Gerais

4º AYÓ – Encontro Negro de Contação de Histórias - Edição Minas Gerais


Ayó

Ayó é palavra yorubá que significa "Felicidade, Exaltação". Foi esta a palavra encantada escolhida para dar nome ao "Encontro Negro de Contação de Histórias", que chega em setembro a Minas Gerais, com a força do grito ancestral que já não pode calar-se!

Um ritual negro de contação de histórias, um festival independente que celebra a tradição oral africana e afro-diaspórica, nascido da urgência de viver-experienciar o resgate de causos, memórias, da necessidade da fala negra na construção e na vivência afro-brasileiras, ofertando a crianças, jovens e velhos histórias negras, que tragam referências pretas e demonstrem a realeza que a África coroou o Brasil.
     
"Um encontro onde se reafirma a importância de uma reunião da nossa oralidade, do resgate dos ensinamentos das velhas tias jongueiras, do samba, do côco, rainhas Iyás. O que a gente busca é a valorização e visibilidade dos dizeres de antigos malandros, capoeiras, feiticeiros que aqui depositaram toda a herança que Mama África nos presenteou". Onde estamos e quais histórias contamos? Ayó tem essa missão! Unir os nossos e criar caminhos a partir do poder da palavra, disseminando histórias afro-brasileiras e africanas contadas por pessoas negras, além de acolher profissionais de tradição oral no Brasil, na América Latina e na África. 

"A gente chama AYÓ! E todos os sopros se encontram!"


A boa notícia é que este encontro maravilhoso, que surgiu no Rio de Janeiro e tem sido realizado no Rio e em São Paulo, este ano acontecerá pela primeira vez em BH, com entrada gratuita e classificação livre.

“Nossa fala estilhaça a máscara do silêncio” diz a mestra Conceição Evaristo, rainha das palavras, que estará presente nesta quarta edição de AYÓ, que se dará nos dias 7 e 8 de setembro deste ano, em Venda Nova, BH.

4º AYÓ – Encontro Negro de Contação de Histórias - Edição Minas Gerais

Também estarão presentes no 4º AYÓ – Encontro Negro de Contação de Histórias - Edição Minas Gerais Efigênia Maria da Conceição (Mametu N'kise Muiandê), matriarca do quilombo Manzo Ngunzo Kaiango; Dona Angelina Rainha Conga da extinta Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário do bairro Padre Eustáquio em BH; Maria Mazarelo, jornalista idealizadora da editora Mazza e Olegário Alfredo, cordelista, escritor, artista plástico, luthier e mestre de capoeira.

Ayó é uma ferramenta de luta e resistência da população e dos profissionais da tradição oral afrodescendentes no país e no mundo, que buscam reafirmar o local de fala e o protagonismo de nossas verdadeiras narrativas, contadas em primeira pessoa e gestadas em meio as artes e a resistência político-racial com intuito de preservar a memória e o saber de nossos mais velhos, assim como assegurar a caminhada de nossos mais novos.


Conceição Evaristo, Rainha das Palavras, estará presente na edição de Ayó em BH
Dentre as convidadas de honra do Ayó que acontecerá esta semana em BH, está a Rainha das Palavras Conceição Evaristo  A mulher que leva a tradição oral para os livros.

"Aos 71 anos, Conceição Evaristo é professora universitária e escritora, tendo conquistado prêmios como o do Governo de Minas Gerais e o prêmio Jabuti, em 2015, com seu livro Olhos D’Água (2014). Mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense e autora de romances como Insubmissas lágrimas de mulheres (2011) e Ponçá Vivêncio (2003) sucessos no Brasil e no mundo, Conceição nasceu em 29 de novembro de 1946 na favela do Pindura Saia, na zona sul de Belo Horizonte (MG), onde cresceu com sua mãe e seus 9 irmãos.

De família pobre, teve que conciliar os estudos com o trabalho de empregada doméstica, até concluir o curso normal, em 1971. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, estudou Letras na UFRJ e foi aprovada num concurso público para o magistério. Sua estréia na literatura se deu em 1990, com textos publicados na série Cadernos Negros, do coletivo Quilombhoje.

Uma das principais expoentes da literatura brasileira, Conceição Evaristo é militante do movimento negro, com grande atuação político-social. Unindo simplicidade e refinamento literário, sua literatura aborda temas como a discriminação racial, de gênero e de classe, e suas obras dão voz às mulheres negras da periferia e as suas lutas, suas dores, suas afetividades, suas cores e suas inteligências.

Conceição narra a nossa vivência, vive para narrar. Sua obra é pura escrevivência!" 


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Ayó acontece nos dias 7 e 8 de setembro no SESC Venda Nova em Belo Horizonte - MG. 


PROGRAMAÇÃO

DIA 7/9

09:30 . Cortejo da Guarda de Moçambique Treze de Maio
10:00 . Roda Ayó com Conceição Evaristo, Mametu N'kise Muiande, Dona Angelina Rainha Conga, Maria Mazarelo e Olegário Alfredo
13:20 . Lançamento do livro "Alcateia . Pretos fora da Gênesis" com Isidro Sanene (Angola)
14:00 . Macedo Griot conta "O pesadelo do Barão"
14:20 . Projeto "Poetizar" com João e Raísla
14:40 . Ilton Mourão toca e canta "Canções de nossa Cultura"
15:00 . Maria das Mercês conta "Bumba Meu Boi"
15:20 . Mariana Per conta "Nana Bo Sele Sele"
15:40 . Osmane Sané (Senegal) conta "La belle histoire de Leuk-le-lièvre"
16:00 . Rosilene Valerio conta "Marama e o Rio de Crocodilos"
16:20 . Roda Ayó: "Preto Nariz - A Busca de um Palhaço Negro" com Eddie Miranda, o Palhaço Forróbodó
17:10 . Debora Andrade conta "O Mar que Banha a Ilha de Goré"
17:30 . Mara Amorim conta "O Canto das Lavadeiras" 
17:50 . Livia Prado conta "A Revolução de Uma História"
18:10 . Encerramento


DIA 8/9

09:30 . Inaiá Araújo conta "Protegendo Seu Zé"
09:50 . Tingá e Faul contam e cantam "A Vela"
10:10 . Mariana Maia conta "Represento Maria Auxiliadora da Silva"
10:30 . Lucia Helena conta "O Menino Omolu"
10:50 . Sá Soraya conta "O casamento da Princesa"
11:00 . Stephany Metódio conta "O Delicioso Awí"
11:20 . Coletivo Flor de Maio oficina-performance "Tecitura Corpo e Dança"
11:40 . BaObazinho conta "Futebol e Assombração"
13:20 . Odé Amorim conta "O velho de 4 tranças"
13:40 . Paulinha Cavalcanti conta "Fábulas para Renovação"
14:00 . Maria de Fátima conta "A Mina de Ouro"
14:20 . Ana Rosa conta "As histórias de Seu Vavá"
14:40 . Larissa Santos conta "A Princesa"
15:00 . Estelamar Monteiro conta "O Guardião Brincalhão"
15:20 . Madu Santos conta "Mulheres de Quilombo"
15:40 . Catarina de Sena conta "Mãe Dinha"
16:00 . Roda Ayó: "Histórias Negras na formação e afirmação da identidade do povo afro-brasileiro", com Chica Reis, Madu Costa, Magna Oliveira, Evandro Nunes e Nathália Grilo Cipriano.
17:00 . Franci Ferreira conta "Poesias"
17:20 . Mestre Simplício conta "Na Sombra do Baobá"
17:40 . Encerramento Cortejo Ayó




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Você pode colaborar para a realização da 4ª edição de Ayó, através da vaquinha online, que tem o intuito de oferecer um encontro digno ao público e aos profissionais participantes. Contribua, Divulgue, Fortaleça! 


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Aqui no site do encontro várias informações interessantes sobre Ayó, dentre estas, um mapa onde estão presentes alguns nomes de pessoas que trabalham com a oralidade e as tradições africanas e afrodescendentes, no Brasil: 

http://ayoencontronegro.com.br/

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