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Ancestralidade e Corpo |
Os bakongo concebem o Tempo como "O Movimento da Energia Consciente dentro da Matéria Biológica/Corpo, no caminho tanto individual, quanto do ciclo cósmico universal da vida e dos sistemas sociais". (FUKIAU) . Falar sobre o tempo é falar sobre suas “REPRESAS DO TEMPO” (nascimentos, guerras, casamentos, funerais, pandemias, caçadas, colheitas e assim por diante). Assim, ESTAR NO TEMPO não é APENAS IR ATRAVÉS DELE, mas também experimentar a vida caminhando pelas REPRESAS DO TEMPO.
Dentro dos movimentos do tempo, estamos vivendo o que o povo bakongo chama de Explosão de uma grande "REPRESA DO TEMPO" ("n´kama mia ntangu"), momento que é um marco.
Estamos vivendo um marco para todas as pessoas do mundo.
Estamos presentes no próprio tempo? Estamos "Afinados com o fluir da energia viva, compartilhando sua melodia?" (FUKIAU) "Estou no tempo presente a fim de entender o enrolar o desenrolar do pergaminho do tempo".
Se aprendemos que o tempo é sentido, concebido e entendido apenas através destas represas e acontecimentos do tempo, que ocorrem no caminho de uma linha de tempo sequencialmente visível apenas em nossas mentes (ntona), estamos trabalhando com as “represas do tempo” ou tentando controlá-las?
Através do rolar e desenrolar do pergaminho do tempo, o passado vai e volta para nós no tempo presente; através do desenrolar do pergaminho do tempo, nós descobrimos o futuro, o passado do amanhã.
Os bakongo dizem que "através do enrolar e desenrolar do pergaminho do tempo, o futuro vem até nós".
Através dos processos diários da vida, o homem pode trazer para si mesmo, no tempo presente, o melhor e o pior tanto do passado quanto do futuro.
Em outras palavras, viver (zinga) e estar (kala) no tempo é ser capaz de se mover livremente pra frente e pra trás no desenrolar do tempo.
Um novo ciclo do tempo vai se movimentar até que outra colisão lhe interrompa, para realizar um novo começo, para que um novo movimento do tempo se inicie. .
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Mo Maiê, Mariana, outubro de 2018 .
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