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Estórias do Agbè ou Xekerê

Agbè ou Xekere

Abê (ou Agbê ou Xequerê) é um instrumento que se relaciona com o corpo inteiro. Enquanto a Alfaia traz o peso da marcação ao maracatu, o xequerê dá leveza e molejo ao ritmo. Um instrumento de percussão à maneira de um chocalho, o xequerê é formado por uma cabaça revestida por uma malha de contas. 

Toca-se o agbê segurando na cabaça e balançando-a de um lado a outro fazendo com que a malha de contas repercuta na sua parte externa.

Historicamente, o agbê nunca fez parte de um conjunto de maracatu. 

o Agbê é Originário de Áfrika (Entre Mali, Nigéria, Benin, Gana ...), chegou ao Brasil pelas habilidosas mãos dos antepassados escravizados,  firmando-se como instrumento imprescindível dos grupos de afoxé de Salvador, Bahia e Recife, Pernambuco - herança de Áfrika. 

É no final da década de 80 que o Afoxé começa a se tornar comum no Carnaval de Recife. 

São criados então vários grupos que hoje mantém maravilhosamente bem essa tradição. 

Anos mais tarde (mais precisamente perto do carnaval de 1997) dois tradicionais maracatus de Recife colocam o agbê entre seus instrumentos. 

A partir de então, outros copiam a iniciativa e também inserem o Agbê em suas orquestras. 

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