Áfrika, Minha Áfrika
Áfrika dos Guerreiros Orgulhosos
Em Savanas Ancestrais!
Áfrika, Minha Avó!
Que Canta À beira do Rio Distante...
Eu nunca te conheci,
Mas Meu Olhar
Está Cheio Do Seu Sangue,
Seu lindo Sangue Preto
Que através dos campos se espalhou ...
O sangue do seu suor
O suor do seu trabalho
O trabalho da escravidão
A escravidão dos seus filhos.
Áfrika me diga, Áfrika!
Então é você
Que se Curva e Desfalece
E se deita sob o peso da humildade
Tremendo Com as Marcas Vermelhas,
Quem diz sim ao Chicote
Nas estradas do meio-dia?
Então uma voz grave me respondeu:
Filho impetuoso
Esta árvore robusta e jovem
Aquela árvore ali
Esplendidamente sozinha,
entre as flores,
Branca e desbotada,
É a Áfrika, a sua Áfrika,
Que repele
Quem pacientemente teimosamente a repele
E cujos frutos foram gradualmente tomando
O gosto amargo da liberdade.
Poesia de #DavidDiop, Poeta Senegalês Panafricanista, Nascido em 1927 , em Bourdeaux, França
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