oduduá, orixá da criação |
Odùduwá aparece na mitologia dos orixás como qualidade de Orixá poderosa e temida.
Odùduwá, divindade feminina, esposa de Òbàtálá, corresponde à metade inferior da cabaça, associada à lama dos começos da terra.
Evoca sobretudo a idéia de algo quente e seco, devendo ser refrescada e molhada para tornar-se fértil. Esse é o sentido das cerimônias chamadas de “águas de Oxalá” que começam com a procissão que vai buscar em potes na fonte, a água que será derramada sobre o assento de Oxalá.
Se Òbàtálá, divindade masculina, criou os seres vivos, Òdùduwa, divindade feminina criou a matéria de onde surgiria a vida. Na sua qualidades de divindade da criação e da cabaça, Òdùduwa é como Òbàtálá uma divindade funfun, e suas sacerdotisas vestem-se de branco, porém, como divindade feminina ligada à terra, à água e às funções de reprodução, ela se relaciona igualmente com o azul escuro e com o vermelho.
A mitologia, evocando um tempo em que as mulheres governavam, nos revela que Òdùduwa havia recebido de Òlódùmarè o poder dos orixás, representado por um pássaro e uma cabaça símbolo do universo. Tornou-se senhora do mundo e governou-o. Abusou, porém, do poder e Òlódùmaré retirou-lhe a autoridade para confia-la a Obàtálá.
Odùduwa comanda as mulheres, controla a fisiologia feminina, a menstruação, a reprodução, a fecundação .
È chamada Iyá Agba, a grande mãe. Dela é o porco, animal que da muitas crias. É o orixá que dá longa vida. Ao contrário dos outros Oxalás, Òdùduwa não tem èwo de azeite, inclusive seu assento leva três gota de dendê.
Oxalá dança quebrando o corpo, flexionado os joelhos. Os ritmos Kétu usados para Oxalá são o toque guerreiro conhecido pelo nome de ajagun, que serve para Osàgìyan, oìgbín, ( tambor de Obàtáa’), o toque bata, Oxalá dança também os ritmos ijesá.
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