chuva de folhas miúdas pela estrada de ferro caminho
uma menina de biquini verde fazendo eco no túnel
chuva de folhas sorrindo inda existe um canto
nesse praneta encanto a lam lamassa lá no barro
deliciando meus pés. argila.
a menina me beicha. a beicha a cachoeira.
chuva de folhas em cristais onde o quastzo transpare. a vida transparescente.
aqui não existe mentira e nem religião.
apenas um pequeno canto de luz
onde à noite a lua é o próprio lampião.
nunca vai importar se deus existe onde ninguém fica cego no escuro.
(Salvador Paixão, 2010)
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