agora que somos barco nomad, embarcação sedenta, errante, em buscas, entre rotas, entre lutas,
corpo agora é obra aberta, porto, âncora, escola.
salvador, seus contrastes e ensinamentos. estórias adentrando pelas entranhas, estórias vivas, veias vias abertas, em constante transmutação, retrocesso e evolução. terra de caboclos, pretas rainhas, faraós e guerreiros.
pretos que conseguiram mudar os rumos de suas sinas. "negro não deve olhar pro chão, que a escravidão acabou. negro olha pra frente..." ... "você nunca vai aprender capoeira se não se interessar pela musicalidade do samba, a musicalidade do povo africano, pelos ritmos, jeito de se vestir, jeito de falar, a maneira de se comportar"... assim nos diz mestre rené, mestre kapuera.
sapo siri sabiá canarinho de aruanda, quem matou meu curió. kapuera doce refúgio. kapuera dança bonita, mandinguera bandera, estandarte, resistência.
luta contra a maldade e a negativa. brincadeira e jogo instintivo e intuitivo de sobrevivência, camarada.
Mo Maie, Salvador da Bahia, abril de 2012
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