Diango Diabaté : Jèli Mandengue |
Eu sou Diango Diabaté. Venho de Kita, do Mali, de uma família de Griô Diabaté.
Pai Griô, Mãe Griô, Toda Família Griô.
Meu Pai se Chamava Tchepogo Diabaté e Minha Mãe se chamava Meimuna Damba.
Maimouna Damba Era descendente de Sumauro, Kanté, Fakoly.
Damba é o Mesmo Nome Kanté. As Mulheres de Sobrenome Kanté se chamam Damba.
Mas eu nunca vi Maimouna Damba, porque quando Eu Nasci, Ela Morreu.
Quem Me Criou foi a Primeira Mulher do Meu Pai, Kanduba Diabará, uma Grande Cantora.
Ela fez muito por mim. Ela me Criou como seu Próprio Filho.
Antes o Casamento de um griô durava uma semana. A cada Dia se Tocava o Djambé, o Balafon, o Ngoni ...
Antes o Casamento de um griô durava uma semana. A cada Dia se Tocava o Djambé, o Balafon, o Ngoni ...
Na Tradição de Kita, durante o Casamento todos os Griôs se Reunem e alguns entram na Floresta pra conseguir Arroz, Vacas, Trazem o Tama, os Dundun à Casa do Rei.
A cada Dia se Come uma Vaca ou Cabra, por uma semana. Mas não é o Noivo que page por tudo. São os Griôs que se juntam pra realizar a FESTA. Em Kita, no Mali é assim...
Eu Nasci e cresci Dentro da Cultura Griô.
Quando uma Criança Nasce, lhe damos o nome de uma Pessoa que é Respeitada, Nunca damos um Nome qualquer à Criança, porque quando você dá o nome a Alguém, isso vai marcar seu Caráter.
Meu Pai foi um grande griô do Halam. Ele Tocava 9 cordas.
Meu irmão Kelekiti Diabaté Também foi um grande Balafonista, conhecido no mundo todo.
Ele foi um dos balafonistas que modernizaram o jeito de Tocar balafon.
Kelikite Diabaté, com Sidiki Diabaté, o Pai de Toumani Diabaté.
Então, meu Pai Tocava o Halam. Tinha outros Halamistas também da família Sissoko. Tinha um que nasceu sem os Olhos, Mas Deus lhe deu muita Sabedoria e Conhecimento na Música.
O meu irmão, Fimani Diabaté Também trouxe muita coisa pro Ngoni, pra lhe modernizar um Pouco.
No Mali o Ngoni é tocado de duas maneiras: do jeito Mandengue e do jeito Bambara. Os Bambarás Tocam e Cantam em pentatônico.
O Djeli Ngoni é dos Instrumentos Mais Antigos da Humanidade. É muito antigo ...
Dizem que vem do Antigo Egito, dos Tempos dos Faraós.
Então, dizem que foi um Peul Djeri (Pastor) que levou o Halam do Egito para a Etiópia, e da Etiópia para à África Mandengue e até o Marrocos, Onde se Transformou no Guembril.
Antes, bem antes do Imperio Mandengue Era o Equiceré que Tocava o Ngoni. Depois no Imperio de Sundiata, o Equiceré continuou a Tocar o Ngoni.
Nós, os Griôs Modernos ... Então ... Meus irmãos mais Velhos e sua geração começaram a modernizar o jeito de tocar. Como Toumani Diabaté na Kora. Foi ele e Kidikiti Diabaté, meu Tio, Irmão do Meu Pai. Eles tocaram pelo Mundo Todo.
Então, meu Pai Tocava o Halam. Tinha outros Halamistas também da família Sissoko. Tinha um que nasceu sem os Olhos, Mas Deus lhe deu muita Sabedoria e Conhecimento na Música.
O meu irmão, Fimani Diabaté Também trouxe muita coisa pro Ngoni, pra lhe modernizar um Pouco.
No Mali o Ngoni é tocado de duas maneiras: do jeito Mandengue e do jeito Bambara. Os Bambarás Tocam e Cantam em pentatônico.
O Djeli Ngoni é dos Instrumentos Mais Antigos da Humanidade. É muito antigo ...
Dizem que vem do Antigo Egito, dos Tempos dos Faraós.
Então, dizem que foi um Peul Djeri (Pastor) que levou o Halam do Egito para a Etiópia, e da Etiópia para à África Mandengue e até o Marrocos, Onde se Transformou no Guembril.
Antes, bem antes do Imperio Mandengue Era o Equiceré que Tocava o Ngoni. Depois no Imperio de Sundiata, o Equiceré continuou a Tocar o Ngoni.
Nós, os Griôs Modernos ... Então ... Meus irmãos mais Velhos e sua geração começaram a modernizar o jeito de tocar. Como Toumani Diabaté na Kora. Foi ele e Kidikiti Diabaté, meu Tio, Irmão do Meu Pai. Eles tocaram pelo Mundo Todo.
Mas nós da Outra geração também criamos o Nosso estilo.
.
.
.
.
Árvore da Memória
.
Sénégal, Março de 2020
.
.
.
.
Árvore da Memória
.
Sénégal, Março de 2020
Comentários
Postar um comentário