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Mostrando postagens de outubro, 2012

O Feitiço do Jongo

fonte da foto: http://raizafricana.wordpress.com/2010/02/05/jongo/ O jongo, ou caxambu é um ritmo que teve suas origens na região africana do Congo-Angola. Chegou ao Brasil-Colônia com os negros de origem bantu trazidos como escravos para o trabalho forçado nas fazendas de café do Vale do Rio Paraíba, no interior dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. A demanda por mão-de-obra para o trabalho na mineração e nas fazendas de café intensificou o tráfico negreiro. Com a decadência econômica de outras regiões do país, uma massa imensa de escravos imigrou para o Sudeste onde, em alguns momentos, mais da metade da população era formada por africanos, a maioria de ascendência bantu. A influência da nação bantu foi fundamental na formação da cultura brasileira. Para acalmar a revolta e o sofrimento dos negros com a escravidão e distrair o tédio dos brancos, os donos das isoladas fazendas de café permitiam que seus escravos dançassem o jongo nos dias dos s

Ritmos do Candomblé Brasileiro

           Os ritmos do Candomblé (culto tradicional afro brasileiro) são aqueles usados para acompanhar as danças e canções das entidades (também chamadas de Orixás, Nkises, Voduns ou Caboclos, dependendo da "nação" a que pertencem). Ritmos de Diferentes Nações de Candomblés no Brasil São cerca de 28 ritmos entre as Nações (denominação referida à origem ancestral e o conjunto de seus rituais) de Ketu, Jeje e Angola . São executados, geralmente, através de 4 instrumentos: o Gã (sino), o Lé (tambor agudo), o Rumpi (tambor médio) e o  Rum (tambor grave responsável por fazer as variações). Os ritmos da Nação Angola são tocados com as mãos, enquanto que os de Ketu e Jeje são tocados com a utilização de baquetas chamadas Aquidavis (como são chamadas nas naçoões Ketu_Nagô). " Em candomblé a gente não chama "música". Música é um nome vulgar, todo mundo fala. É um...como se fosse um orô (reza) ...uma cantiga pro santo ".  A presença do ritmo n

Residência Brasil e Marrocos Gnaoua . Nomad Music

Em dez embro de 2012, a artista Mo Maiê irá vivenciar uma r esidência artístico-musical em Essaouira (Marrocos), com a finalidade de fazer um intercâmbio musical intensivo entre a música brasileira e a música Gnaoua. Existente no Marrocos, e em alguns outros países do Magreb, a música da Confraria Gnaoua é oriunda de praticas espirituais sufi-animistas da África sub-sahariana, de mesma origem do Candomblé brasileiro e seus ritmos e cantos, que influenciaram a Música Popular Brasileira.  Essaouira, cidade portuária sob o Atlântico, possui a mais importante reunião de músicos Gnaouas de todo o Marrocos; em sua décima quinta edição, também sedia o Festival de Gnaoua e Músicas do Mundo.  A proposta é facilitar oficina de ritmos brasileiros aberta à comunidade (com foco no congado, maracatu e afoxé).  Durante a s oficinas será criado um pequeno espetáculo buscando a fusão da música e da dança brasileira e Gnaoua marroquina . A Residência Artística Brasil Marrocos Gnaoua  tem o

Língua Mãe . Cartografia do Corpo . RAVAL BCN . 2004 . COLEÇÃO DJALO

C O L E Ç Ã O  .   D J A L O     .   RAVAL     . . . BARCELONA. . .   2005 colage Photo By Mo Maiê (Brasil) Models Heydi (Spain), Anna Stoppanni (Italy/Brasil) and Laure (Suice)

Cartografia do Corpo . RAVAL BCN . 2004 . COLEÇÃO DJALO

C O L E Ç Ã O  .   D J A L O     .   RAVAL     . . . BARCELONA. . .   2005 Photo By Mo Maiê (Brasil) Model Heydi (Spain)

Chuva de Folhas, por Salvador Paixão

chuva de folhas miúdas pela estrada de ferro caminho uma menina de biquini verde fazendo eco no túnel chuva de folhas sorrindo inda existe um canto nesse praneta encanto a lam lamassa lá no barro deliciando meus pés. argila. a menina me beicha. a beicha a cachoeira. chuva de folhas em cristais onde o quastzo transpare. a vida transparescente. aqui não existe mentira e nem religião. apenas um pequeno canto de luz onde à noite a lua é o próprio lampião.  nunca vai importar se deus existe onde ninguém fica cego no escuro. (Salvador Paixão, 2010)

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