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Mostrando postagens de 2015

Sementes de nossa vivência Griô

Cada dia é um novo dia. Para sobreviver, aprendi com Heyder Moura, que me apresentou aos Actos Poéticos de Jodorovisc::: Fazer de cada dia um Ato de Resistência, um Ato Poético, um louvor à transformação!  E assim, mais uma vez, minha vida vai se abrindo para novos caminhos... agradecida a esses quatro anos aqui em Salvador: do o2 de Julho ao Pelourinho, do Pelourinho ao Morro da Sereia, muito aprendizado, muita luta, muita resistência, muita arte... Agora, sigo a caminho da Ilha de Itaparica.  E bem me recebe a Casa da Aranha, uma colônia de budismo livre, idealizada por Lalado Humbert, um verdadeiro Santo Vivo! Compartilho com vocês um pouco do que foi nossa I Vivência Griô Ubuntu Africanias, na Casa da Aranha, no mês de dezembro. Mas o que é uma Vivência Griô???? Uma experiência que se abre a todos os sentidos, à filosofia e à humanidade. Uma experiência de arte, educação, partilha... uma experiência aberta e em estágio de experimentação, baseada em referências griôs

I Vivência Griô Ubuntu Africanias na Casa da Aranha

I Vivência Griô Ubuntu Africanias na Casa da Aranha É com extremo amor que convidamos vocês para partilharem conosco da I Vivência Griô Ubuntu Africanias na Casa da Aranha a Ilha de Itaparica, Bahia. A é entrada é franca, mas tem contribuição será voluntária, e o evento começa às 9h, domingo, 6 de dezembro de 2015 . Nesse momento em que o mundo passa por circunstâncias tão delicadas, somos chamados a nos unir e criar uma conexão de positividade e evolução, desprendimento de velhos padrões. O universo griô parte da valorização dos saberes da tradição oral, do resgate do passado para a criação de um futuro com perspectivas unindo arte, terapia, culinária e educação para proporcionar maior formação do ser em sua totalidade - racional, emocional e espiritual. Na programação da vivência haverá oficinas, uma roda de mulheres e mães, a "Ciranda da maternidade natural", o plantio de uma árvore de Baobá e uma deliciosa feijoada vegetariana, a "Feijoada pela paz".

Diários de um Canto de Kalunga #1

A travessia entre dois mares suspensos no tempo e no espaço. O convite a penetrar no desconhecido absoluto em busca de tentar entender a própria vida.  Cantos de Kalunga é a síntese de tantos processos de pesquisa e criação de Mo Maiê, conectando suas grandes influências musicais. A palavra Kalunga vem do dialeto banto e significa “oceano”. Também é o nome dado à boneca encantada, que representa os ancestrais daqueles que fazem parte das nações de maracatu de Pernambuco.  A partir de sensações vindas de experiências de um corpo que dança e vive à beira do mar do Alto da Sereia (comunidade pesqueira remanescente quilombola de Salvador da Bahia), Kalunga traz dez composições musicais, explorando sonoridades do canto e da percussão de encontro com recursos eletrônicos e o jazz.  Dentro de sua concepç ã o estética o som e a imagem caminham juntos, inseparáveis. o projeto une o canto, a dança sonora e o vídeo em uma apresentação intimista.  Abaixo algumas fotos de uma performan

IV Jornada Agroecológica da Bahia

a Ciranda da terra: Contos Griô, oficina que ministrei em parceria com os jovens do Sankofa, na roda para crianças. Que lindo foi! Roda de conversa e troca de saberes da Juventude,   Salve a ancestralidade do Samba de Caboclo!   Índios. Negros. Quilombolas. Assentados. Cura. Renovaçao. Autoconhecimento. Empoderamente. Arte. Revoluçao. Resistência. Esse ano a Jornada tratou do tema "Terra, território e poder". Muitos encontros, muita troca de conhecimento, muita sabedoria ancestral. Agradeço a todos os que estiveram presentes, a todas as sábias mulheres guerreiras, às índias, cacicas, às quilombolas, às marisqueiras, aos pescadores artesanais, à gente que trabalha de encontro com a terra, em respeito com a terra, nossa grande mae. Mais uma vez volto renovada e esperançosa da jornada. Que essas sementes se fortaleçam e se espalhem pelas terras sagradas da Bahia, do Brasil e do mundo. Trecho do filme "Umbigo", de Cauê, que conta a história da Dona Val

Empodere-se e cuide-se: sua Voz é sua Vez!

oficina com Babaya. Festival Som e Fúria. Salvador, 2015 Voz: instrumento musical biológico, orgânico, que ressoa com o auxílio do ar por todos os poros de nosso rosto, de nossos ossos. Voz se expande pelo mundo através de pulsos sonoros e se lança no espaço pela força do diafragma, pulmoes, laringe, faringe, pelas tensoes e distençoes das pregas vocais, boca, lábios, língua.  Voz é um ser sensual. Voz também nasce do espírito.  Voz é física quântica.  Voz é vibraç ã o.  Voz é energia. Voz é sopro divino, é sonho encarnado. Aguda ou grave. Voz pode atravessar essa esfera e muitas outras.  Todos os dias falamos. Todos os dias usamos nossas vozes. Vez ou outra todos cantamos, também.  E quantas vezes paramos pra pensar na importância de seu cuidado, de seu bom trato? Na semana passada tive a honra de conhecer essa mulher que há muito tempo ouvia falar: a cantora e professora de canto Babaya. Super mineira, chegou aqui em Salvador para nos dar uma oficina de canto que

Oficina Ciranda da Terra na IV Jornada Agroecológica da Bahia

IV Jornada Agroecológica da Bahia. 2015. Com muita felicidade estou partindo essa semana para participar da IV Jornada Agroecológica da Bahia, no Assentamento Terra Vista, em Arataca, sul da Bahia. A "Oficina Ciranda da Terra: contos e cantos griô" foi selecionada para fazer parte da grade de programaç ã o e estaremos fazendo uma vivência para crianças e outra para adultos e lá vamos nós partilhar um pouco da trilha griô com pessoas maravilhosas nesse evento t ã o essencial e t ã o fundamental para o povo baiano e brasileiro. Será a segunda vez que vou participar da Jornada. No ano passado a convite da ativista Fernanda fui fazer um tambor Bará, um tambor ancestral africano, que demos de presente para a grande cacica Maiá, dos Pataxós, que passava por momentos de injustiça social. Jornada Agroecológica da Bahia. 2014 Jornada Agroecológica da Bahia. 2014 A Jornada de Agroecologia da Bahia é o encontro anual da Teia de Agroecologia dos Povos e s

Ợya

oiá Assim como os raios, relâmpagos e trovões são atribuídos a Sàngó, os fortes ventos e as tempestades são considerados expressões do descontentamento de Ọya. A origem mítica do rio Níger (Odo Ọya) é associada, também, a esta divindade. Um odu de Ifá, apresentado por Salami (1990), faz a seguinte narração dessa origem:  "Em tempos de guerra, o rei dos Nupe consultou o oráculo para saber como prevenir-se contra uma invasão. Ifá disse ao rei que, caso encurralado, desse uma peça de tecido negro para ser rasgado por uma virgem. Entre as virgens, o rei elegeu sua própria filha. Diante do pai, dos oráculos e generais, a jovem rasgou o tecido negro: O ya - Ela cortou. Atirou as duas partes no chão, sob o olhar esperançoso do povo Nupe. O pano transformou-se em negras águas que começaram a fluir, transformando o núcleo do reino numa ilha protegida. Alguns mitos a apresentam como originária da cidade de Irá. Outros, como nascida na ilha fluvial de Jebba, em terra Nupe, també

Histórias Iluminadas em temporada no Teatro Gamboa Nova

Histórias Iluminadas em temporada no Gamboa Nova O espetáculo teatral Histórias Iluminadas segue temporada no charmosíssimo Teatro Gamboa Nova nesse mês de outubro. Venha conferir essas lindas histórias de iluminar noites e aquecer corações. Historias Iluminadas é uma compilação de histórias e canções que desenvolve o tema da morte a partir de uma perspectiva celebrativa. Se apropriando do teatro de objetos e da música, três atrizes desmistificam o aspecto exclusivamente sombrio e aterrador da morte, apresentando cenas curtas que aguçam um imaginário de poesia e reflexão sobre existência. Serviço: Espetáculo  Histórias Iluminadas No Teatro Gamboa Nova - Centro Dias 11, 18 e 25 de outubro às 17h Ingressos 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira) FICHA TECNICA Direção, encenação e Organização do Texto: Heyder Moura  Chan Marçall ) Elenco:  Liz Novais ,  Mo Maiê  e  Perséfone Viola Figurino: Luiza Potiraguá Adereços de cabeça:  Alessandra Santhiago Iluminação: Heyder Moura Direção Musical: L

Terreiro de griôs: grandes griôs da história

                                    

Entrevista a Mario Corradini, "idealizador" da biomúsica

Entrevista com Mario Corradini, músico, professor e pesquisador argentino idealizador do conceito "biomúsica", com o qual trabalha no tratamento e reabilitação de pessoas com dependência química em escolas, grupos e instituições com crianças e adultos. Esta entrevista foi publicada no site http://www.personarte.com/biomusica.htm ¿Cómo nace Biomúsica? Años atrás, participando en las jornadas de " Educación por el arte " organizadas entre maestros argentinos, hablábamos sobre la necesidad de buscar nuevos senderos pedagógicos para revitalizar la educación en los colegios.  La conclusión más importante fue darnos cuenta de que el obstáculo más grande estaba en nosotros mismos, los maestros . Nuestra rigidez física y mental alejaba a los alumnos y creaba barreras a la comunicación, la complicaba más allá de cualquier método utilizado. Nos preguntábamos en qué modo se podía intervenir sobre nuestras limitaciones. Estábamos preocupados por el temor a parecer rid

Ubuntu: um modo de viver amando a si mesmo e amando o mundo

ubuntu, uma maneira de viver Ubuntu é uma filosofia africana que se abre a diversos significados e interpretaçoes. Ubuntu, mais que nada, é algo que se vive, que se experimenta e, sobretudo, que se compartilha, já que se trata de um sentido de humanidade em vida em comunidade.  Etmologicamente falando, a palavra ubuntu tem origem banto, subsahariana, no entanto, alguns pesquisadores especulam que a real origem da palavra remonta da regiao que faz parte do antigo Egito (onde estao os países Somália, Etiópia, Sudao, Eritréia, fonte de considerável parte do fundamento religioso africano ancestral). Ubuntu vem nos lembrar que somos enquanto seres individuais, mas também enquanto parte de uma aldeia global. Sou porque você também é, de maneira que o equilíbrio social vai depender de um equilíbrio entre sua estrutura primordial: a relaçao entre as pessoas que fundamentam esse grupo, a sociedade percebida como um grande organismo, de maneira que o desequilíbio de um órgao vai a

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