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Mostrando postagens de março, 2018

A visão Bantu Kongo da sacralidade do Mundo Natural. Por Kimbwandende Kia Bunseki Fu­Kiau. Tradução portuguesa por Valdina O. Pinto

A visão Bakonga do Mundo Natural. Por Bunseki Fu Kiau . Tradução Makota Valdina O mundo natural para o povo Bântu, é a totalidade de totalidades amarradas acima como um pacote (futu) por Kalunga, a energia superior e mais completa, dentro e em volta de cada coisa no interior do universo ( luyalungunu). Nossa Terra, o “pacote de essências/medicamentos” (futu dia n’kisi) para a vida na Terra, é parte dessa totalidade de totalidades. É vida. É o que é, visível e invisível. É a ligação do todo em um através do processo de vida e viver ( dingo­dingo dia môyo ye zinga). É o que nós somos porque nós somos uma parte disso. É o que mantém cada coisa na Terra e no Universo em seu lugar. O conceito Bântu­Kôngo da sacralidade do mundo natural é simples e claro. Tem­se que deixá­ los definir o nosso planeta com suas próprias palavras: “Aos olhos do povo Africano, especialmente aqueles em contato com os ensinamentos das antigas escolas Africanas, a Terra, nosso pla

Reflexão sobre o RedBull paranauê, por Mestre Cobra Mansa

  Estamos simplesmente replicando o pensamento opressor? “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”. ( Paulo Freire ). Poderíamos facilmente trocar a palavra educação por capoeira, ao almejar ocupar o lugar do opressor, inconscientemente o indivíduo deseja a manutenção da estrutura social ampla na qual ele hoje se sente oprimido, na esperança que um dia seja ele a oprimir. Estaria a mentalidade colonial tão incutida dentro de nós que não conseguimos nem mais refletir quem fomos, o que somos ou o que estamos fazendo para as futuras gerações? Estamos simplesmente replicando o pensamento opressor? Como lutar por uma decoloneidade corporal, mental e social quando convertemos os nossos símbolos de resistência em simples eventos, espetáculos, porque quando isso acontece converte-se também o que era originalmente perigoso em algo limpo seguro e domesticado, pois retiramos o seu poder de rebeldia. Nós capoeiristas estamos lutando por um