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pequeno tratado sobre mosaicos, expectativas e vida...

sob os olhares do mentor idealizador... 

hoje quase chorei da emoção de receber um mail de Guilherme Veisak, primo e amigo querido, que, na semana passada aprendeu a fazer o mosaico, em um muro de ouro preto, ao lado da linda igreja de nossa senhora da conceição, no antonio dias...


"Mô Maiê, fiquei tentando absorver as tardes de oficina e resolvi escrever para te agradecer

Para ler, vamos colocar algumas coisas:

Primeiro, sem preconceitos;

Segundo, Azulejo = Expectativas;

Terceiro, Mosaico = Vida.

Falo do azulejo como expectativa, pois, nenhum foi feito para fazer parte de um mosaico e sim para facilitar a limpeza e também para dar beleza.

Mosaico, como vida, pois a parir de seus fragmentos, restos ou ate mesmo de pedaços de propósitos feitos, quando se juntam fazem todo efeito.

Assim penso eu a vida, a gente vive quebrando expectativas depositadas em nós para construir a nossa própria história. Às vezes, essa “quebra”, não faz sentido nem no ato de quebrar nem no pedaço que se fez virar, mas quando se colocada no contexto vemos o motivo de se criar esse texto. Acho que é mais uma questão de interpretação.

a santa reflete a lua.... o pico do itacolomy, cartão postal...

Temos perto de nós as pessoas que precisam de explicação para que a arte faça sentido, tem as que a vê superficialmente, tem as que não entendem nem com explicação e tem as que a partir dela constroem outras e que não precisa de nenhuma palavra para que se faça sentido.

A vejo como arte, uma pessoa singular, simples e complexa ao mesmo tempo e sábia, planta o chá pra não precisar comprar. Vive quebrando paradigmas, independente das expectativas. Tem quem a entenda sem precisar de muita explicação e tem também os que nunca a entenderão. Vê no pau a pique o calor da morada e para uns, isso não vale nada! Por outro lado tem os que a esperam voltar de uma jornada para ver o porcelanato, que é o que tem de mais caro, se quebrar, para no final virar um barato e o mais gozado é comprar um espelho para quebrá-lo, sem medo de ficar azarado, é o valor da história que ali foi contada! Tudo questão de perspectiva.

a figura do garimpeiro, do caboclo brasileiro...

Isso tudo fora as apresentações musicais, carro chefe que a leva e trás sempre a procura de mais!

Tardes boas Moniqueti, o tempo contribuiu, um vinho no copo de plástico, um café reforçado na padaria, bom demais, a musica indiana ao fundo, legal, a visita de Maiê e Tuca, chique, participação de Katia e Marcelo, fundamental! Um tanto de pedacinho juntos construindo, Mosaico, história, vida.

Se você entendeu..."

Se não, VIRA E SAIA!!!

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