Vindo do Reino do Kongo com sua mulher, Djalo seu filho e seu povo para as minas de ouro da antiga Vila Rica, um rei afrikano chamado Galanga é transformado em escravizado e batizado como Francisco.
No caminho para o Brasil sua mulher, a rainha Djalo é jogada no mar junto com dezenas de mulheres para diminuir o peso da embarcação perante as tempestades freqüentes.
Comprado dos traficantes pelo dono da mina de ouro Encardideira (Ouro Preto/MG), que tinha diversas dívidas com a corte portuguesa, Galanga agora chamado de Chico tem na busca pelo ouro a única forma de alcançar sua alforria de forma legal segundo as leis da época.
Nessa negociação, ele se separa de seu filho Muzinga, que futuramente fugiria para um kilombo. Chico Rei com a ajuda de Santa Ifigênia que o guiava na busca pelo ouro, alcança grande êxito e conquista sua carta de alforria.
Em liberdade se une a Irmandade do Rosário formada por negros forros da
cidade de Ouro Preto antiga.
Mas seu antigo patrão continua endividado
com Portugal e sofre represálias do governador da província. Chico Rei, junto à irmandade do Rosário sugere assumir as dívidas e comprar a mina Iardideira.
Seu patrão já cansado e num ato de vingança contra o governador vende a
mina e concede a oportunidade de Chico Rei ser o primeiro afrikano dono
de mina de ouro no Brasil.
Chico Rei inicia o trabalho duro na Mina e
passa a comprar a alforria de seu povo e de africanos escravizados que passam a trabalhar na minas da Incardideira
e na roça daquela propriedade até que em um carregamento de ouro para
Portugal é descoberto com pedras de outro metal ao invés de ouro.
O governador de Vila Rica já avesso ao rei afrikano dono de mina coloca a
culpa em Chico Rei e o prende. O povo da época se rebela e força o
governador a libertar o antigo Rei do Kongo.
Liberto, Chico Rei dá seqüência ao trabalho junto a seu povo construindo a igreja de Santa Ifigênia que existe até hoje.
Dizem que na comunidade de Chico Rei é atribuída uma das origens dos festejos da Kongada Mineira.
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